Após escândalo do diesel, a
Volks promete dominar mercado de elétricos.
Conceito ID tem tamanho de
Golf, mas espaço de Passat, diz marca.
Se você vive em uma grande
cidade – e cada vez mais pessoas vivem nelas, de acordo com dados da agência de
dados do governo norte-americano U.S. Census – você sabe como é difícil ter o
seu próprio carro. É raro encontrar um lugar para estacionar e, quando se acha
um, é pago. Além disso, as taxas de seguro são altas. Os táxis e os aplicativos
de compartilhamento de carona são uma opção, mas você não conhece aquele
estranho atrás do volante e, dependendo do horário e do dia, as tarifas podem
aumentar rapidamente.
Até o final da próxima década
é bem provável que as pessoas descubram que a mais barata e mais conveniente
forma de transporte é um carro elétrico autônomo compartilhado. Pelo menos é o
que revela uma nova pesquisa da empresa de consultoria Boston Consulting Group.
Tecnologia é a convergência
das três tendências - o compartilhamento de viagens, a direção autônoma e os
veículos elétricos
A convergência das três
tendências – o compartilhamento de viagens, a direção autônoma e os veículos
elétricos – vai diminuir os custos das viagens em quase 60%, desencadeando uma
grande mudança de cenário para os táxis-robôs autônomos nas grandes cidades,
informou o relatório do BCG. De acordo com ele, até 2030, 25% dos quilômetros
percorridos nos Estados Unidos poderão ser em carros compartilhados, elétricos
e autônomos.
Essa mudança está acontecendo
de forma muito mais rápida do que as pessoas imaginam, e afetará profundamente
os consumidores, as cidades e a indústria de automóveis. “Para os milhares de
norte-americanos que vivem em grandes metrópoles, o próximo veículo que eles
comprarem pode ser o último”, afirmou um parceiro do BCG, Justin Rose.
Apesar disso, há uma razão
pela qual os veículos elétricos ainda não bombaram: essa é uma economia que
ainda não faz sentido para os proprietários individuais, explica Brian Collie,
da área automotiva do BCG. Para uma pessoa que percorre, por exemplo, entre
19.000 e 24.000 quilômetros por ano, os veículos elétricos ainda são muito
caros. Mas, para aqueles que fazem entre 128.000 e 160.000 quilômetros em 12
meses por meio de viagens compartilhadas, esta é uma opção que faz muito
sentido do ponto de vista financeiro. Ao tirar o motorista da equação, então, o
custo cai drasticamente.
Um consumidor típico de
Chicago poderá economizar US$ 7.000 por ano em transporte ao abandonar um carro
pessoal para usar veículos elétricos autônomos e compartilhados, calcula a
instituição. E não se trata apenas de economizar dinheiro. Com essa
alternativa, a empresa prevê uma queda de 20.000 mortes no trânsito, 20% menos
poluição, liberação de 60% dos espaços urbanos usados atualmente como
estacionamentos para outros usos, congestionamentos menores, melhor acesso ao transporte
para idosos e deficientes e um tempo mais produtivo para os passageiros.
Não é surpresa, porém, que uma
explosão de táxis-robôs elétricos compartilhados poderia causar graves consequências
na indústria automotiva. Mas o BCG afirma que isso não seria necessariamente
uma desgraça para os fabricantes de carros. O grupo prevê que mais de 5 milhões
de veículos convencionais serão substituídos por cerca de 4,7 milhões de
veículos autônomos e elétricos até 2030. A mudança vai começar gradualmente no
início de 2020, e pode acelerar com os avanços que forem sendo feitas na
tecnologia e nos preços.
Tesla, BMW, Mercedes, General
Motors, Ford e Volvo já prometeram produzir carros completamente autônomos
dentro de cinco anos, provavelmente em frotas urbanas compartilhadas. Outras
fabricantes, como a Delphi e a Waymo, a unidade de carros autônomos da Alphabet,
estão trabalhando em sistemas que podem ser instalados em veículos de outras
montadoras que não estejam desenvolvendo seus próprios dispositivos.
“Nós ainda estamos fazendo
contínuos experimentos na tentativa de entender qual é a combinação certa das
tecnologias”, afirmou Collie. “Mas a realidade é que os blocos de construção
estão todos lá. ” Com grandes projetos pilotos estreando no início de 2020,
“não há dúvidas de que o mercado vai chegar lá”, completa ele.
Fonte: http://www.msn.com/
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