Alan Turing (1912-1954) foi um
matemático britânico, pioneiro da computação e considerado o pai da ciência
computacional e da inteligência artificial. Alan Mathison Turing (1912-1954),
conhecido como Alan Turing, nasceu na cidade de Paddington, na Inglaterra, no
dia 23 de junho de 1912. Entre tantos feitos decifrou o código nazista Enigma. Sua
homossexualidade era proibida no Reino Unido naquela época e, quando o gênio
foi condenado à castração química pelo crime de “indecência”, em 1952, entrou
numa espiral de depressão que o levou ao suicídio, dois anos depois.
É impossível discutir a era da
informação sem passar pelo nome de Alan Turing. Coube ao matemático britânico
lançar as bases do que hoje chamamos de ciências da computação. Foi a partir
delas que os computadores se tornaram realidade.
Para chegar a seus maiores
feitos por meio de estudos matemáticos, ele contava com basicamente duas
qualidades. Ou, pelo menos, foi o que o próprio Turing sugeriu, em sua tese de
doutorado, publicada em 1938. “O raciocínio matemático pode ser considerado,
esquematicamente, como o exercício da combinação de duas faculdades, que
podemos chamar de intuição e engenhosidade”, escreveu.
Turing concebeu uma máquina
hipotética que pudesse realizar qualquer tipo de computação e, para isso,
estabeleceu o conceito de algoritmo – trata-se da essência por trás de toda e
qualquer tentativa de programar um computador.
O matemático também é
conhecido por seu trabalho com inteligência artificial, criando o famoso “teste
de Turing”, em que uma máquina poderia ser considerada inteligente se pudesse
emitir reações que seriam indistinguíveis das de um humano.
Em 1939, ele se voluntariou
para trabalhar em favor dos Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Seu papel
foi instrumental no desenvolvimento de técnicas capazes de decifrar mensagens
codificadas usadas pelos alemães.
Na época, os nazistas usavam
uma máquina automatizada de criptografia conhecida como Enigma. Turing
desenvolveu o “antídoto”: outra máquina, capaz de testar rapidamente
combinações para obter a chave de decifração das mensagens geradas pelo
dispositivo alemão.
Após o fim da guerra, Turing
voltou a trabalhar no nascente campo da computação e fechou o vão entre a
teoria e a prática ao projetar o primeiro computador programável. Sua proposta
para o dispositivo, chamado ACE (sigla para Automatic Computing Engine),
apresentada em 1945, incluía diagramas de circuitos lógicos e uma estimativa de
custo – 11 mil libras esterlinas.
Turing sabia que o projeto era
exequível, pois conhecia o computador Colossus, secreto, usado militarmente
para decifrar mensagens codificadas. Seus colegas no Laboratório Nacional de
Física britânico, contudo, acharam o ACE ambicioso demais e optaram por uma
versão simplificada.
Mesmo em sua versão mais
simples, o dispositivo se tornou de imediato o computador mais veloz do mundo,
quando rodou seu primeiro programa, em maio de 1950, com frequência de 1 MHz –
um milésimo da dos chips atuais.
Se a revolução iniciada por
Turing estava apenas começando, sua vida se aproximava do fim. A
homossexualidade era proibida no Reino Unido naquela época e, quando o gênio
foi condenado à castração química pelo crime de “indecência”, em 1952, entrou
numa espiral de depressão que o levou ao suicídio, dois anos depois.
Introdução/Pesquisa/Montagem/Edição:
G+ JF Hyppólito
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