A língua geral ou nheengatu,
além do Tupi era composto e interligado por dialetos tribais diversos
(tupiniquim, tupinambá, tupinaé, tabajara, etc.) formava um único linguajar
autóctone, de norte a sul da colônia portuguesa. Era falado por todos, nas
casas e nas ruas, nas escolas e nas igrejas. Usavam-no o índio como o branco, o
mulato e o negro recém-chegado. Foi chamado por eminentes gramáticos da época,
"a língua mais falada na costa do Brasil", e classificado por doutos
lingüistas (Anchieta, Figueira, Montoya) como "fácil, suave, elegante e
copiosa". Era a língua geral, a língua do Brasil.
A língua geral foi usada
correntemente pelos brasileiros de origem ibérica, como língua de conversação
cotidiana, até o século 18, quando foi proibida pelo rei de Portugal. Mesmo
assim continuou sendo falada no interior. Há algum tempo a Câmara de São
Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, bem na fronteira, aprovou lei que reconhece
o nheengatu como língua oficial, junto com o português (e o espanhol), pois sua
população fala as três línguas.
ESTADOS
Acre: vem de áquiri, touca de
penas usada pelos índios munducurus.
Alagoas: o nome é derivado dos
numerosos lagos e rios que caracterizam o litoral alagoano.
Amapá: Na língua tupi, o nome “amapá”
significa 'o lugar da chuva' :ama (chuva) e paba(lugar, estância, morada).
Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu -língua geral da
Amazônia, uma espécie de dialeto tupi jesuítico – significando “terra que acaba”
ou “ilha”.
Amazonas: nome de mulheres
guerreiras que teriam sido vistas pelo espanhol Orellana ao desbravar o rio.
Para Lokotsch, vem de amasuru, que significa águias retumbantes.
Bahia: o nome foi dado pelos
descobridores em função de sua grande enseada.
Ceará: vem de siará, canto da
jandaia, uma espécie de papagaio.
Espírito Santo: denominação
dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali desembarcou em 1535, num
domingo dedicado ao Espírito Santo.
Goiás: do tupi, gwa ya, nome
dos índios guaiás, gente semelhante, igual.
Maranhão: Do tupi, mba’ra,
mar, e nã, corrente, rio que semelha o mar, primeiro nome dado ao rio Amazonas.
Mato Grosso: o nome designa
uma região com margens cobertas de espessas florestas, segundo antigos
documentos.
Mato Grosso do Sul: Criado com a divisão do estado.
Minas Gerais: o nome deve-se
às muitas minas de ouro espalhadas por quase todo o estado.
Pará: do tupi, pa’ra, que
significa mar, designação do braço direito do Amazonas, engrossado pelas águas
do Tocantins.
Paraíba: do tupi, pa’ra, rio,
e a’iba, ruim, impraticável.
Paraná: do guarani pa’ra, mar,
e nã, semelhante, rio grande, semelhante ao mar.
Pernambuco: do tupi, para’nã,
rio caudaloso, e pu’ka, gerúndio de pug., rebentar, estourar. Relativo ao furo
ou entrada formado pela junção dos rios Beberibe e Capibaribe
Piauí: do tupi, pi’au, piau,
nome genérico de vários peixes nordestinos. Piauí é o rio dos piaus.
Rio de Janeiro: o nome deve-se
a um equívoco: Martim Afonso de Souza descobriu a enseada a 1º de janeiro de
1532 e a confundiu com um grande rio.
Rio Grande do Norte: derivado
do rio Potengi, em oposição a algum rio pequeno, próximo, ou ao estado do Sul.
Rio Grande do Sul:
primeiramente conhecido como Rio Grande de São Pedro. A Barra do Rio Grande de
São Pedro, foi um ponto geográfico estratégico para a fixação do domínio
lusitano no sul do país. Local ideal para que lá se instalasse um reduto
militar com acesso marítimo ao interior pelo canal Rio Grande que liga a lagoa
dos Patos ao oceano.
Rondônia: o nome do estado é
uma homenagem ao marechal Rondon.
Santa Catarina: nome dado por
Francisco Dias Velho a uma igreja construída no local sob a invocação daquela
santa.
São Paulo: denominação da
igreja construída ali, pelos jesuítas, em 1554 e inaugurada a 25 de janeiro,
dia da conversão do santo.
Sergipe: do tupi, si’ri ü pe,
no rio dos siris, primitivo nome do rio junto à barra da capitania.
Tocantins: nome de tribo
indígena que habitou as margens do rio. É palavra tupi que significa bico de
tucano.
CAPITAIS
Brasília - É a forma latina de
dizer 'Brasil'. Nome sugerido por José Bonifácio de Andrada e Silva para a
criação da nova capital no centro do território, ainda na década de 1820.
Aracaju (Sergipe) – Origem da
ligação dos termos tupis ara ("luz") + caju ("caído"),
resultando em "luz caída" ou "luz baixa", referência ao
local de onde se avista o nascer do sol na cidade. Belém (Pará) – O nome é uma homenagem à cidade de Belém na
Palestina, onde teria nascido Jesus Cristo.
Belo Horizonte (Minas Gerais)
– Surgimento em referência à vista das montanhas Alterosas, que são marcas
registradas da cidade.
Boa Vista (Roraima) -
Referência à ótima visão panorâmica que se pode ter do alto da serra do estado.
Campo Grande (Mato Grosso do
Sul) – Se refere aos campos enormes que existem no território.
Cuiabá (Mato Grosso) – Existem
duas possíveis explicações distintas e conflitantes sobre o significado deste
nome, que pode ser "homem que faz farinha" ou "lugar onde se
pesca". É desconhecido também, de língua indígena derivam.
Curitiba (Paraná) – Vem do
tupi curi ("pinheiro") + tiba ("muitos"), resultando em
"muitos pinheiros", "campo dos pinheiros" ou
"pinheiral", em referência à abundância de araucárias na região.
Florianópolis (Santa Catarina)
– União de "Floriano" e pólis ("cidade" em grego); o nome é
uma homenagem a Floriano Peixoto, que derrotou em 1893 a Revolta da Armada, no
Rio de Janeiro e em Santa Catarina.
O nome original da cidade era Nossa Senhora
do Desterro, devido ao fato de ser ali um lugar para onde eram enviados
desterrados (exilados) portugueses. A troca de nome foi feita por interventores
governistas exaltados com a intenção de bajular o presidente da época.
Fortaleza (Ceará) - Referência
à Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.
Goiânia (Goiás) - criado a
partir do nome do estado do qual é capital; Goiânia é uma cidade nova e
planejada, e substituiu a cidade velha de Goiás como capital em 1937.
João Pessoa (Paraíba) - em
homenagem ao governador paraibano assassinado em 1930, em episódio que serviu
de pretexto para eclodir a revolução daquele ano. O nome da cidade até então
era também Paraíba.
Macapá (Amapá) - Do tupi
mpacapa ("bacaba", uma fruta de palmeira) + aba (sufixo de lugar),
que significa "lugar das bacabas", fruta típica da região.
Maceió (Alagoas) – União de
macá ("o que cobre") + i-ó ("molhado"), "cobertura
sobre o molhado", em referência ao fato de a cidade se estender sobre
terrenos alagadiços (tal como a origem do nome do estado, Alagoas).
Manaus (Amazonas) - dos
manaós, uma tribo da região dos rios Negro e Solimões; a grafia antiga da
cidade preservava o "O" e acentuava a vogal precedente:
"Manáos".
Natal (Rio Grande do Norte) -
Por ter sido fundada no dia de Natal. A fortaleza que guarda a cidade recebe o
nome de Forte dos Reis Magos. Os portugueses já haviam dado o mesmo nome a uma
cidade que fundaram na África do Sul, atualmente rebatizada como Durban.
Palmas (Tocantins) - o nome da
cidade é uma homenagem à cidade de São João da Palma (atual Paranã), onde no
século XIX houve um movimento que almejava tornar o norte de Goiás uma
província autônoma.
Porto Alegre (Rio Grande do
Sul) – Referência ao clima alegre do povo local. O antigo nome da cidade era
Porto dos Casais, por receber colonização com casais de açorianos
(diferentemente do resto do país, colonizado só por homens que procriavam com
as mulheres indígenas).
Porto Velho (Rondônia) – O
nome foi escolhido pela cidade ser o local de ancoradouro mais antigo da
região.
Recife (Pernambuco) –
Referência aos arrecifes que existem no litoral da cidade.
Rio Branco (Acre) - Homenagem
ao Barão do Rio Branco.
Rio de Janeiro – Cidade
nomeada por ter sido descoberta no dia 1º de janeiro de 1502 por Américo
Vespúcio, e por julgar-se que a baía da Guanabara fosse a foz de um rio. Na
geografia da época, os portugueses não distinguiam estuários de baías, além de
estarem acostumados ao formato da baía do Tejo em Lisboa, que se assemelha ao
da Guanabara.
Salvador (Bahia) - Referência
a um dos nomes cristãos-católicos de Deus; o nome inteiro da cidade era
"Mui Leal Cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos". Em
inglês, é comum que a cidade seja chamada Salvador de Bahia para não confundir
com SanSalvador, capital de El Salvador, na América Central.
São Luís (Maranhão) -
Homenagem tanto a São Luís (santo que foi rei francês e lutou nas cruzadas)
quanto ao então rei de França, Luís XIII, na época em que os franceses fundaram
a cidade (como França Equinocial, por situar-se perto do equinócio ou linha do
equador).
São Paulo – Foi assim batizada
pelo colégio (monastério) jesuíta de São Paulo de Piratininga. Durante os
primeiros três séculos, a cidade era conhecida como Piratininga — que por sua
vez deriva de pirá (peixe) + tininga (seco), de onde "peixe seco", em
referência ao rio Tietê — e à capitania de São Paulo.
Teresina (Piauí) - Homenagem à
imperatriz Teresa Cristina, esposa de D. Pedro II.
Vitória (Espírito Santo) -
Referência à resistência dos colonizadores portugueses contra as investidas dos
temiminós e tupinambás contra as primeiras tentativas de povoamento.
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