De acordo com a narrativa
bíblica, o povo hebraico tinha um pacto com o deus Javé estabelecido pelas
inscrições de duas placas contendo pontos fundamentais de seus hábitos e
crenças.
Os Dez mandamentos eram mantidos em uma arca que, além de proteger as
placas dos Dez Mandamentos, simbolizava a importância do acordo selado entre
Javé e o povo hebreu.
Protegendo um cânon sagrado
dos hebreus, a chamada de Arca da Aliança tornou-se uma
das mais preciosas relíquias das religiões judaico-cristãs.
Envolta em mistério e dúvida,
a questão sobre a existência da Arca da Aliança, volta e meia, ganha destaque
em documentários e obras literárias. No entanto, esta e outras relíquias da
narrativa bíblica confundem os limites entre fé e Ciência.
Um dos mais antigos relatos
sobre a Arca da Aliança aparece no fim do período do Cativeiro Egípcio, quando
os hebreus foram mantidos como escravos no Antigo Egito, por volta de 1300 a.C..
De acordo com o livro bíblico de Êxodo, a Arca representava o favor de Jáve junto
ao seu povo abençoado.
Além disso, os relatos bíblicos dizem que este acordo
selado teria sido estabelecido aos pés do Monte Sinai. Conforme alguns estudos
apontam, a localização do Monte Sinai remeteria, na verdade ao monte Bedr.
Essas diferenças ocorrem
porque as histórias do livro de Êxodo foram elaboradas muito tempo depois do
acontecimento dos fatos. Especialistas na história bíblica apontam que os
eventos iniciais da história hebraica teriam sido formulados durante o
cativeiro hebreu na Babilônia.
Além de ser descrita como um sinal do favor
divino, a Arca da Aliança é descrita na Bíblia como dotada de poderes
sobrenaturais. Mantida como um objeto somente observado pelos sacerdotes
levitas, a Arca teria sido local de aparição de Javé.
A grande importância dada ao
objeto demonstra como a adoção do culto monoteísta entre os hebreus não
promoveu a completa ruptura com antigas tradições religiosas dos povos nômades.
A Arca, devido seu alto grau de sacralidade, chegava ser um outro objeto de
adoração dos hebreus. Durante as batalhas pela terra de Canaã, os hebreus
conduziam a Arca da Aliança aos locais de confronto por acreditarem que a mesma
garantiria as vitórias.
Seu caráter sagrado ainda foi
descrito no livro de Samuel, quando os filisteus roubaram a arca dos hebreus.
Como conseqüência de sua ousadia, os filisteus foram acometidos por diferentes
punições misteriosas.
Somente no reinado do rei
Salomão que a Arca foi mantida no Templo de Jerusalém construído entre 970 a.C.
e 931 a.C.. Com separação do povo hebreu nas tribos de Judá e Israel, a Arca
seria mais uma vez alvo da dominação estrangeira.
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Os babilônios, em 586 a.C.,
teriam destruído a cidade de Jerusalém sob a liderança do rei Nabucodonosor II.
De acordo com o livro dos Macabeus, o profeta Jeremias profetizou a destruição
de Jerusalém e, por isso, teria escondido a Arca no monte Nebo.
Segundo o
arqueólogo Dan Barat, a ação descrita no livro dos Macabeus tem uma conotação
cultural. De acordo com esse estudioso, entre os judeus é comum dizer que algo
foi posto no monte Nebo quando este objeto foi perdido para sempre. Portanto,
existe a possibilidade da própria Bíblia relatar o fim da Arca da Aliança.
No entanto, outros
pesquisadores ainda contam com a possibilidade dos babilônios terem tomado a
Arca como espólio de guerra. Já outro livro sagrado dos judeus, o Talmude,
afirma que o rei Josias teria escondido a Arca em um compartimento secreto do
Templo de Jerusalém. Quando os hebreus voltaram à Jerusalém, em 539 a.C.,
reconstruíram o Templo mantendo o local da Arca sem a presença da mesma.
Tal constatação foi feita pelo
general romano Pompeu que ao tomar a cidade de Jerusalém indagou porque os
judeus mantinham um quarto vazio em seu templo.
Depois disso, a chamada
Diáspora Judaica manteve o mistério da Arca acobertado. Somente no século XII
apareceram alguns relatos de que a
Ordem dos Cavaleiros Templários mantinham a
relíquia em segredo.
Atualmente, há um grupo
religioso etíope que diz manter a Arca escondida. Os monges da Igreja Santa
Maria de Sião teriam recebido o objeto das mãos de Menelik, filho do Rei
Salomão com a rainha de Sabá, em 950 a.C.
Segundo os monges, a Arca da Aliança
permanece escondida em um templo próximo ao lago Zway. Até hoje, ninguém foi
autorizado a entrar neste templo e, finalmente, desvendar o mistério sobre a
Arca.
Sem maiores comprovações,
alguns arqueólogos ainda concentram suas buscas na cidade de Jerusalém. Mesmo
não sendo encontrada ou sendo uma mera invenção mítica, a Arca tem importante
valor religioso para judeus e cristãos.
A sua possível existência representa a
confirmação da devoção religiosa de milhares de pessoas espalhadas pelo mundo.
O enigma da Arca da Aliança
ONDE ELA ESTÁ?
Existem questões que a
ciência ainda não consegue explicar, e o desaparecimento da Arca da Aliança é
um, e continua um enigma até os dias de hoje. Porém há muitas especulações sobre seu
destino, mais o que era esse objeto que nos intriga por ser um artefato tão
enigmático.
Do que era feita? A arca era
feita de madeira de acácia, tinha 1 metro e 11 centímetros de comprimento e
66,6 de altura, era coberta de ouro puro por dentro e por fora, com uma
bordadura de ouro ao redor. Haviam quatro argolas de ouro nas laterais onde
eram transpassadas varas de acácia recobertas a ouro.
Em sua tampa também
chamado de (propiciário) “o kapporeth” haviam dois querubins ajoelhados um de
frente para o outro formando um arco, de forma como se fossem defensores ou
protetores da Arca. Além de todos esses detalhes, em seu interior havia, as
duas tábuas dos dez mandamentos, a vara de Arão que tinha florescido e dado amêndoas
e o maná. Não podia ser manipulada qualquer por qualquer pessoa, só os da tribo
podiam exercer os trabalhos sacerdotais e inclusive levá-la.
Tocá-la era um ato
tolo, pois quem a tocasse seria morto, razão pela qual existiam as varas para
seu transporte.
Um símbolo para o povo –
Para o povo hebreu a Arca era a mais alta representação da presença de Deus,
segundo a bíblia Deus revelava-se como uma fumaça que se manifestava com sua
Shekná (presença). Em muitas ocasiões era levada à frente do exército de
Israel, quando isso acontecia um pequeno número de oficiais era o bastante para
vencer uma quantidade bem maior de soldados inimigos, mais quando eles a
dispensavam perdiam as batalhas. Mais sua principal função era a de consultar a
Deus, era um elemento central de culto durante o período monárquico, embora as
referências bíblicas sejam poucas.
Sobre seu desaparecimento –
a muitas especulações existentes, mais mesmo essas são meio vagas quanto ao
destino da Arca. No entanto os estudiosos estão divididos quanto ao ano de seu
desaparecimento, alguns dizem que o artefato pode ter desaparecido em 605 a.c (primeira
invasão a Judá) ou no ano de 586 a.c, (segunda invasão de Judá) segundo
estudiosos Nabucodonosor, rei de Babilônia, invadiu o reino de Judá e tomou a
cidade de Jerusalém.
Os relatos bíblicos relatam que o templo foi incendiado,
fato que destruiu as portas os muros da cidade, destruindo também o templo,
mais não há relatos bíblicos com relação a Arca da Aliança ligados a essa
invasão.
Possíveis destinos da Arca –
são muitas as especulações sobre seu verdadeiro destino, portanto não há como
saber ao certo. No entanto os católicos acreditam que seu paradeiro está
descrito no livro de Macabeus Cap. 2, porém isso é rejeitado pelos protestantes
e judeus.
Nele o profeta Jeremias teria dado ordens para que a arca fosse
levada para o monte Nebu, para que ali fosse escondida numa caverna sendo o seu
local exato revelado por Deus quando o seu povo voltasse para sua terra. Depois
do templo ter sido incendiado os soldados babilônicos podem tê-la destruído
para obter seu ouro, podem ter levado para Babilônia como troféu, mais a
Babilônia também passou a ser conquistada posteriormente por persas, partos,
macedônios e outros povos, podendo ter assim destinos incertos.
Atualmente a
rumores de que a Arca foi encontrada na Etiópia, mais precisamente no museu do
Zimbábue. De acordo com o britânico Tudor Parfitt, professor de estudos
judaicos da universidade de Londres. Há histórias que dizem que o filho do rei
Salomão com a rainha de Sabá teria levado a Arca para Babilônia antes da
destruição do templo? Levou para além do Jordão e escondido numa caverna?
Cientistas
dizem que há indícios genéticos que comprovam que a tribo dos lembas, um grupo africano
espalhado pela África do Sul, Zimbábue e Moçambique. Os lembas apesar de
falarem um idioma linguístico banto, tem costumes parecidos com os judaicos,
como o culto a um único deus, a proibição de comer carne de porco, misturar
qualquer tipo de carne com o leite ou derivados.
Eles também têm uma tradição
que diz que eles são judeus que vieram de Jerusalém para a África. Praticamente
os lembas se consideram migrantes da Palestina na África. Em fim não há como
saber seu verdadeiro paradeiro, Jesus disse: “At 1.7 Não vos pertence saber os
tempos nem as razões que o Pai pôs em seu próprio Poder. ”