Ele invadiu a mansão do
terrorista mais procurado do mundo. Disparou o tiro que o matou. E hoje vive
escondido - porque revelou a história toda.
"Tentem não acertar o
filho da ... no rosto" - disse um dos seals (soldados de elite das Forças
Armadas americanas). "Mas se estiver escuro e eu só puder ver a cabeça,
não vou esperar para que ele detone um colete-bomba", argumentou o outro.
"Se tiverem chance, atirem no peito", ponderou um terceiro. Esse
terceiro homem é o ex-oficial Matt Bissonnette, 36 anos.
Depois de participar de
combates no Iraque e no Afeganistão e ser condecorado seis vezes, ele foi
recrutado para uma das missões militares mais ousadas de todos os tempos: a
captura de Osama bin Laden, em 2011. A operação deu certo, ou quase (Bin Laden
foi morto). Mas, irritado com o governo americano, Bissonnette deixou as Forças
Armadas - e escreveu um livro contando em detalhes como tudo aconteceu.
A história começa na Carolina
do Norte. Ao longo de duas semanas, um grupo de 24 seals foi preparado para
invadir a mansão onde Bin Laden supostamente estaria escondido, no Paquistão. A
missão foi treinada e ensaiada à exaustão - os americanos chegaram até a
construir uma reprodução em tamanho real da casa. Mas, na hora da verdade, tudo
aconteceu de um jeito totalmente diferente do planejado.
Abbottabad, Paquistão. 2 de
maio de 2011. No meio da noite, dois helicópteros Black Hawks UH-60 se
aproximam da mansão. Está completamente escuro, e os soldados usam óculos de
visão noturna. Plano: invadir o terceiro andar da casa, onde Bin Laden
supostamente estava dormindo. Parte dos militares desceria por uma corda, e a
outra daria cobertura por terra. Como havia uma academia militar por perto, o
tráfego aéreo era comum na região e o barulho dos helicópteros não despertaria
suspeitas.
Só que o primeiro Black Hawk
sofreu uma pane e começou a cair - e por pouco a missão não terminou antes de
começar. "Eu senti pavor. Sempre imaginei que morreria num tiroteio, não
num desastre aéreo", conta Bissonnette. O piloto conseguiu girar o
helicóptero e jogá-lo em cima do muro da mansão, amortecendo a queda. Os seals
sobreviveram. Mas a estratégia inicial morreu ali. Era hora de aplicar o plano
B: invadir a mansão por baixo. Isso significava entrar pela casa de hóspedes,
passar por um corredor que levava à casa principal e subir as escadas até
chegar ao terceiro andar. Os agentes conheciam a casa de Bin Laden nos mínimos
detalhes (sabiam até se cada porta abria para dentro ou para fora), mas agora o
risco seria muito maior.
Ao entrar, eles encontraram os
irmãos Abrar e Ahmed al-Kuwaiti, funcionários de Bin Laden, que estavam na casa
de hóspedes. Ahmed abriu fogo contra os seals, que reagiram - e o mataram.
Abrar foi fuzilado junto com a esposa. Três mortos, e a operação mal tinha
começado.
Os americanos chegaram à casa
principal, cujo primeiro andar estava vazio. No segundo, eles acharam o filho
mais velho de Bin Laden, Khalid - que foi morto com um tiro no rosto antes que
pudesse esboçar qualquer reação. Os seals começaram a subir a escada rumo ao
terceiro andar. Eles não tinham pressa. Ao contrário do que acontece nos filmes,
não corriam nem abriam portas bruscamente lançando granadas. Caminhavam devagar
e em silêncio. Bin Laden, a essa altura, já sabia da presença inimiga - e
provavelmente estava pronto para se defender.
"Meus sentidos estavam
superexcitados. Eu tentava escutar o barulho de uma arma sendo carregada ou os
passos de alguém", diz Bissonnette no livro. Os americanos estavam em
maior número, equipados com óculos de visão noturna e armamento pesado. Mas, se
Bin Laden ou algum segurança começasse a atirar, certamente a equipe sofreria
muitas baixas. Havia ainda outro risco: para tentar proteger Bin Laden, a
mulher e os filhos - que viviam com ele no mesmo quarto -poderiam detonar
coletes-bomba e explodir a casa inteira, matando todo mundo.
A tensão e o silêncio eram
absolutos. Ao subir os últimos degraus da escada, os seals viram uma cabeça
espiar por trás de uma porta. Não dava para reconhecer direito o rosto da
pessoa. Será que Bin Laden arriscaria se expor dessa forma? Naquela hora, o
primeiro atirador da fila não parou para pensar. Disparou cinco tiros de fuzil,
dos quais pelo menos um pegou na cabeça daquele homem. A equipe avançou para o
quarto e encontrou o sujeito caído no chão, ao pé da cama. Ele vestia uma
camiseta sem mangas, calças largas marrons e túnica marrom. Não estava armado e
não tentou reagir. Estava muito ferido. "Ele já estava à beira da morte,
se contorcendo. Eu e o outro invasor apontamos nossos rifles para o peito dele
e fizemos vários disparos, até ele parar de se mexer", relata Bissonnette.
Duas mulheres e três crianças assistiam à cena e choravam histericamente. Era o
fim de Osama bin Laden.
Mas, por alguns minutos, os
agentes ainda não estavam certos disso. Os ferimentos de bala tinham afundado o
crânio e deformado o rosto do cadáver, que estava completamente ensanguentado -
e irreconhecível. A altura, 1,95 m, conferia com a de Bin Laden. Mas o
semblante era de um homem mais jovem do que se imaginava. E ele não tinha a
barba grisalha pela qual o terrorista era conhecido - a barba era preta.
Para ter certeza, Bissonnette
limpou o sangue da face, sacou sua câmera digital e, como em um episódio de
CSI, fotografou o cadáver de diferentes ângulos. Do rosto, fotografou
principalmente o perfil. O nariz comprido e delgado, marca inconfundível de Bin
Laden, tinha permanecido intacto. E era a evidência mais clara de que, sim,
tinham matado o homem certo.
Mesmo assim, a equipe só
comunicou oficialmente a Casa Branca depois de conferir várias vezes os
retratos e de obter a confirmação de uma das crianças e uma das mulheres. Os
seals coletaram saliva do morto para fazer testes de DNA e tentaram até extrair
uma amostra de medula óssea - fincaram diversas vezes uma seringa na coxa de
Bin Laden para retirar a amostra de dentro do fêmur, mas as agulhas quebraram.
Desistiram.
Armas sem munição
O tempo estava acabando. Do
começo da operação até a morte de Bin Laden, haviam se passado 15 minutos.
Quanto mais tempo eles demorassem, maiores as chances de chegarem reforços da
Al-Qaeda ou mesmo a polícia e o exército paquistaneses, que não sabiam da
operação. Além disso, o Black Hawk avariado tinha sido programado para explodir
- e eles teriam de fugir no helicóptero que sobrou antes que isso acontecesse.
Os atiradores deram uma vasculhada rápida no escritório, localizado no segundo
andar, onde recolheram pen drives, cartões de memória e computadores.
No quarto, encontraram um
vidro de tintura preta - o que explicava a cor da barba. O guarda-roupa era
impecavelmente organizado. Todas as roupas estavam dobradas e empilhadas e
dispostas com espaços regulares entre si. Numa prateleira sobre a porta,
finalmente acharam o que esperavam ver nas mãos de Bin Laden: um fuzil AK-47 e
uma pistola - ambos descarregados. Isso mesmo. Sem cartuchos. Bin Laden sabia
que estavam vindo para capturá-lo ou matá-lo, mas escolheu não lutar. "Ele
estava pronto para travar a guerra [contra os EUA] que propunha? Eu acho que
não. Se fosse assim, teria pelo menos pegado a arma e se defendido",
teoriza Bissonnette.
Mas, se Bin Laden não tentou
reagir, por que foi executado com vários tiros no peito? Antes da missão, um
advogado - que Bissonnette não sabe dizer se era da Casa Branca ou do Pentágono
- se dirigiu aos seals e foi claro: o objetivo da missão não era o assassinato.
"Se ele não representar ameaça, os senhores deverão apenas detê-lo."
Só que essa orientação dificilmente seria cumprida.
Segundo Bissonnette, os seals
estavam irritados com as regras impostas pelo governo Obama - que implantou
medidas para tentar coibir a violência militar no Iraque e no Afeganistão.
"Quando trazíamos prisioneiros, tínhamos mais duas ou três horas de trabalho
com a papelada. A primeira pergunta que faziam aos combatentes presos era:
`Você sofreu abuso? Uma resposta afirmativa acarretava uma investigação e mais
papéis." A tropa de elite não tinha mais paciência para direitos humanos -
principalmente os de Bin Laden.
Os seals embarcaram no
helicóptero para voltar a uma base militar americana em Jalalabad, no
Afeganistão, deixando para trás as mulheres e crianças que restaram na casa.
Elas corriam o risco de se ferir com a explosão do helicóptero defeituoso, mas
os americanos simplesmente ignoraram esse fato. "Não tivemos tempo para
ajudar", diz Bissonnette. Segundo ele, um dos oficiais foi sentado sobre o
cadáver de Bin Laden na viagem de volta. Isso contraria o discurso oficial do
governo dos EUA - de que o corpo teve tratamento digno antes de ser sepultado
no mar.
No hangar da base militar, uma
agente da CIA que havia passado os últimos cinco anos tentando encontrar pistas
do paradeiro de Bin Laden aguardava a chegada da tropa. Ao ver o morto, ela
chorou. Os atiradores, que haviam passado os dez anos anteriores em missões no
Oriente Médio por causa daquele mesmo homem, não. "Nós víamos gente morta
o tempo todo. Nós convivíamos com essa feiura, e uma vez terminado o serviço
não pensávamos mais no assunto". Mesmo que o serviço fosse matar o homem
mais procurado de todos os tempos.
IDENTIDADE REVELADA
Matt Bissonnette, 36 anos, se
aposentou logo após a Operação Lança de Netuno (nome oficial da missão que
matou Bin Laden). E escreveu o livro Não Há Dia Fácil, no qual conta os
detalhes da operação, sob o pseudônimo de Mark Owen.
Dias antes da publicação
do livro, teve sua identidade revelada pela rede de TV americana Fox News. A
informação foi confirmada pelo Departamento de Defesa norte-americano, e o
Pentágono ameaçou processar Bissonnette. O livro virou o mais vendido dos EUA.
Radicais islâmicos ameaçaram matar Bissonnette, que hoje vive escondido.
Edward Snowden
Bin Landen está vivo
"Ele ainda está recebendo
mais de US $ 100.000 por mês, que estão sendo transferidos através de algumas
empresas e organizações de fachada, diretamente para sua conta bancária Nassau.
Não estou certo de onde ele está agora, mas em 2013, ele estava vivendo
tranquilamente em sua casa de campo com cinco de suas esposas e muitos filhos.
"
Segundo o Sr. Snowden, o
governo dos EUA falsificou a morte de Bin Laden, então, transportado o
terrorista e sua família para um local desconhecido, nas Bahamas.
"Osama Bin Laden era um
dos agentes mais eficientes da CIA por um longo tempo", afirma o famoso
denunciante.
"Que tipo de mensagem
seria enviar seus outros agentes se eles estavam a deixar os SEALs matá-lo?
Eles organizaram sua morte falsa, com a colaboração dos serviços secretos
paquistaneses, e ele simplesmente abandonou sua capa.
"Uma vez que todo mundo
acredita que ele está morto, ninguém está olhando para ele, por isso era
bastante fácil de desaparecer. Sem a barba ea jaqueta militar, ninguém o
reconhece. "
Fonte: super.abril.com.br e http://www.universosirius.com
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