The Time Tunnel (no Brasil, O Túnel do Tempo) é um seriado de TV realizado por Irwin Allen nos anos 60, que mostrava as viagens no tempo de dois cientistas: (Robert Colbert, como Doug Phillips, e James Darren, como Tony Newman).
Eles eram monitorados por uma equipe que permanecia no laboratório e os acompanhavam em seus deslocamentos no tempo através de imagens que recebiam pelo Túnel do Tempo.
A equipe estava sempre tentando encontrar um meio de trazê-los de volta, ou então tentavam ajudá-los por intermédio dos recursos de que dispunham, como precárias transmissões de voz ou envio de armas ou equipamentos, quando possível.
Quando tudo falhava, tiravam-nos de uma época e os enviavam para alguma outra data incerta do passado ou do futuro, dando início a um novo episódio. Eventualmente, membros da própria equipe ou convidados viajavam ao encontro dos cientistas perdidos, também com o intuito de ajudá-los nas situações de perigo.
Também acontecia, de vez em quando, da equipe ou seres estranhos conseguirem interferir no destino das viagens. Nesse caso, os cientistas recebiam diferentes missões a serem cumpridas nos locais onde eram enviados.

Devido ao elevado custo de produção, esse seriado durou apenas uma temporada, com 30 episódios.
A série teve enorme sucesso no Brasil podendo-se afirmar que "Trata-se do produto da indústria cultural dos EUA que maior e mais duradoura influência exerceu sobre o imaginário coletivo nacional no que se refere à formação das concepções de Tempo, História e Ciência e cujo impacto ainda hoje pode ser descrito e analisado" cf. OLIVEIRA, Dennison de (Coordenador).
Túnel do Tempo: um estudo de história, audiovisual". Curitiba, Editora Juruá, 2010. p. 10. Geralmente encarada como produto destinado a diversão e ao entretenimento, cabe notar os compromissos ideológicos da série: "A permanente guerra ideológica dos blocos em confronto no decorrer da Guerra Fria foi uma fonte inesgotável de inspiração para o entendimento do sentido implícito dos episódios.
Ao lado de um evidente etnocentrismo (a sociedade norte-americana é sempre mostrada como a mais avançada e a mais justa, todas as outras lhe são inferiores), percebeu-se também um acentuado maniqueísmo (todos os personagens e instituições são assimiladas somente ao “bem” ou ao “mal”) onde novamente os valores norte-americanos aparecem como os únicos positivos e moralmente defensáveis.
Na maior parte dos casos foi difícil evitar-se a assimilação do lado do “mal” da história de cada episódio aos soviéticos, havendo pelo menos um episódio onde isso se dá de forma explícita. Verificaram-se também alguns casos de reabilitação moral de povos e nações, em especial dos derrotados na Segunda Guerra Mundial que, no contexto da Guerra Fria, se tornaram aliados dos EUA.