Grigori Iefimovich Novy (1869-1916)
foi um monge, fanático religioso e místico russo. Personagem poderoso do final
da era czarina foi favorito da corte do czar Nicolau II e Alexandra Feodorovna.
Ganhou fama de ter poderes sobrenaturais, foi chamado de “o monge maluco”.
Grigori Rasputin (1869-1916)
nasceu na Rússia, no dia 22 de janeiro de 1869. Filho de camponeses foi
registrado com o nome de Grigori Iefimovich Novy. Ainda pequeno chamava a
atenção dos moradores do vilarejo em que vivia que acreditavam que ele tinha
poderes hipnóticos e de cura.
Na adolescência foi para o mosteiro de
Verkhoture, nos Montes Urais, para se tornar monge, mas não completou os
estudos, se casando com 19 anos de idade. Devotado à religião ganhou a
reputação de homem santo entre os camponeses.
Em 1903 mudou-se para São
Petersburgo e logo ganhou fama quando foi procurado pelo czar Nicolau II e sua
esposa a czarina Alexandra Feodorovna para curar os sangramentos do filho
Alexei que sofria de hemofilia.
A família real russa em 1915: o czar (esquerda) e sua mulher Alexandra (sentada) com os filhos Alexei, Olga, Tatyana, Maria e Anastasia |
Com habilidades para acalmar o príncipe, diminuindo
seus sangramentos, conquistou a confiança dos czares e durante cinco anos
passou a exercer o papel de conselheiro da czarina.
Grigori Rasputin influenciava
a czarina Alexandra Feodorovna que defendia sua presença na corte, na crença de
que só ele era capaz de salvar a vida de seu filho. Rasputin interferiu também
na igreja e nos assuntos de estado, nomeando ministros, ao mesmo tempo, que os
derrubava.
Além de seus poderes sinistros
Rasputin era acusado de indecente e incontrolável, uma vez que se dizia capaz
de livrar as mulheres de seus pecados e dormindo com elas as ajudava a
encontrar a graça divina. Recebeu seu apelido, que significa “debochado”, pela
vida imoral que levava.
O que não faltou em sua vida foram acusações e
desavenças por causa de seu comportamento. Não demorou muito, sua presença no
palácio acabou por gerar críticas e rumores contra a família real. Em 1914
sofreu seu primeiro atentado, foi esfaqueado e milagrosamente sobreviveu.
Grigori Rasputin fez a
previsão de que a Rússia cairia em desgraça durante a primeira Guerra Mundial,
o que levou Nicolau II a abandonar a corte para comandar o exército, em 1915.
Ele e a czarina governavam a Rússia e foram responsáveis, em grande parte, pelo
fracasso do imperador em contornar a onda de descontentamentos que antecederam
à Revolução Russa.
Em 30 de dezembro de 1916, um
grupo de nobres organizou uma cilada, e Rasputin acabaria envenenado por
cianureto durante a refeição. Outras versões contam que o monge ingeriu
cianureto em quantidade para matar cinco homens, mas não morreu, sendo fuzilado
e ainda vivo foi jogado no rio, que estava parcialmente congelado.