A história da Puma se inicia
em 1964, na cidade de Matão, no interior de São Paulo, quando um grupo de
aficcionados por automobilismo, liderados por Rino Malzoni, resolvem criar um
automóvel esportivo. Já em 1965, os primeiros protótipos do "GT Malzoni"
eram expostos.
Em 1967 o modelo, rebatizado como Puma, entra
em produção. Era um cupê esportivo, o segundo produzido no Brasil em fibra de
vidro (o primeiro fora o Willys Interlagos, clone do Renault Alpine francês).
Seu desenho, belíssimo, criado por Anísio Campos, lembrava muito a Ferrari 250
GTO daquela época. A mecânica era DKW 1.0 (sim, os primeiros Puma tinham tração
dianteira).
Como a DKW foi comprada pela
VW naquele mesmo ano, e a linha Vemag foi retirada de produção, o Puma-DKW teve
vida curta: apenas 130 unidades foram produzidas.
Em 1968 começam as negociações
de Malzoni com a VW para a utilização do tradicional conjunto mecânico daquela
empresa.
Assim, em 1971, é inciada a
produção da linha GTS/GTE (o GTS um roadster e o GTE um cupê). Era o "Puminha",
sem dúvida, dentre todos os carros criados por brasileiros com capital
nacional, este foi o de maior sucesso.
Apesar do raquítico motor 1500
a ar (posteriormente substituído pelo 1600), o carro se tornou desejado. Isso
graças ao seu desenho, espetacular, que até hoje impressiona pela beleza,
agressividade e aerodinâmica; e também à ótima dirigibilidade, favorecida pelo
chassi bem trabalhado e pela direção pouco reduzida. O carro chegou a ser
exportado para países da Europa e África.
No final daquela década é
lançado o GTB, um carro maior, que usava o trem-de- força do GM Opala de seis
cilindros. Era um carro mais luxuoso, que contava com excelentes bancos
revestidos em couro, direção assistida e vidros elétricos. Também primava pela
esportividade no acerto do chassi (tubular) e direção.
Em 1982 o GTS/GTE foi
aprimorado e passou a chamar-se GTC/GTI. Foi lançado ainda o P-018, também
baseado na mecânica VW a ar porém envenenado com novas distribuição,
alimentação e escapamento.
Mas a empresa não ia bem:
passou por duas enxentes e um incêndio e a mecânica VW a ar já não satisfazia o
consumidor. Tentaram uma negociação com a japonesa Daihatsu para fornecimento
de tecnologia para a produção de um carro urbano, mas não deu em nada. Em 1985,
endividada com seus fornecedores, a Puma é vendida para a Araucária Veículos,
de Curitiba, que interrompe a produção.
Então em 1987, o empresário
Nívio de Lima, proprietário da metalúrgica Alfa Metais, compra a Puma e
constrói uma nova fábrica na Cidade Inustrial de Curitiba.
Em 1988 é relançado o GTB, que
com desenho revisado e acabamento ainda melhor passa a chamar-se AMV. Em 1989 veio
o AM-3, o novo "Puminha", agora com novo chassi tubular e motor VW
1.6 a água (AP-600) instalado na traseira, mas mantendo a identidade do seu
estilo, bem como a tração traseira. A empresa passou ainda a diversificar,
iniciando a produção de pequenos caminhões (com motores MWM e câmbio Clarck).
Mas em 1989, com a abertura do
mercado, os carros japoneses ofuscaram o brilho dos novos esportivos Puma, que
acabaram descontinuados em 1990. Pouquíssimas unidades do AMV e AM-3 chegaram a
ser produzidas.
Em 1998 a Ford comprou os
direitos sobre o nome "Puma" a fim de lançar um pequeno cupê com esse
nome. Os pequenos caminhões passaram então a trazer a marca AMV (não por
coincidência as iniciais de Alfa Metais Veículos), mas a fera prateada continua
presente como o emblema deles.
Esses caminhões continuam em
produção, embora em pequena escala.
Fonte: http://www.carroantigo.com
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