Os indícios mais remotos do
uso de algo para pigmentar os lábios são encontrados no Antigo Egito, em 5000
a.C. Tratava-se de uma substância natural denominada “púrpura Tyr”, usada pelas
mulheres das altas classes sociais, a qual era capaz de realçar significativamente
a cor dos lábios. Algum tempo depois, também na civilização dos faraós, foi
criada a pigmentação vermelha, obtida a partir do óxido de ferro.
Durante vários séculos, usar
algo para colorir os lábios foi um sinônimo de sensualidade e más intenções. Na
Grécia, durante o século II, foi criada uma lei que proibia as mulheres de
utilizar pigmentações na boca antes do casamento.
Muito tempo depois, em 1770,
a Inglaterra acabou proibindo de vez tal prática. A explicação era simples:
moças que coloriam os lábios tinham um grande poder de sedução capaz de enganar
os homens. Nessa época, somente prostitutas e algumas atrizes extravagantes
faziam uso dos pigmentos.
O nome batom deriva de uma
palavra de origem francesa e significa bastão. Tal denominação surgiu a partir
da criação do perfumista Rhocopis, o qual desenvolveu uma massa composta por
talco, óleo de amêndoas, essências de bergamota e limão, na cor vermelha, dando
origem ao primeiro batom da história. Tal nome é justificável pelo fato de
Rhocopis ter colocado seu produto em uma embalagem cilíndrica de papel de seda,
algo parecido com um bastão.
Foi no começo do século XX que
o batom conquistou seu lugar cativo na lista de objetos indispensáveis da
mulherada, época em que o mesmo começou a ser vendido embalado num tubo e
vendido em cartucho na cidade de Paris. A partir daquele momento, a difusão do
uso do batom pelo mundo inteiro era apenas uma questão de tempo.
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