Fidel Alejando Castro Ruz
(13/8/1927-) nasce em Mayari, filho de um rico e casado proprietário de terras
e de uma trabalhadora da fazenda com quem teria mais quatro filhos.
Aos 17 anos Fidel é
reconhecido pelo pai. Estuda em colégios católicos, forma-se em direito e
defende de graça camponeses, operários e prisioneiros políticos.
Destaca-se em manifestações
contra o ditador Fulgêncio Batista, que ficou no poder de 1952 a 1959 com o
apoio dos americanos.
Em 1953, depois de liderar uma
tentativa de golpe, é condenado a 15 anos de prisão.
Anistiado em 1955, muda-se
para o México, de onde chefia um grupo, no qual se inclui Ernesto Che Guevara,
que viaja a Cuba de balsa em 1956 para lutar contra o exército de Batista. Após
três anos de guerrilha, Fidel toma o poder em janeiro de 1959 e, desde então,
governa o país.
Organiza uma reforma agrária e
expropria empresas nacionais e estrangeiras, caminhando para o socialismo e
afastando-se dos Estados Unidos (EUA), que decretam bloqueio econômico ao país
em 1960. Cuba passa a depender economicamente da União Soviética (URSS). Saúde
e educação são prioridades do governo de Fidel, mas não há liberdade política
nem de imprensa.
Com o colapso da URSS, que
suspende a ajuda no início dos anos 90, Fidel começa a reformar a economia em
crise. Impõe racionamento de gêneros e permite a entrada de empresas de capital
estrangeiro e o estabelecimento de negócios privados.
Além disso, amplia a liberdade
religiosa. Em 1996, visita o Vaticano acompanhado de 16 carros com um forte
esquema de segurança. Em 1998, recebe o papa em Cuba.
Em abril de 2000, participa em
Havana da Cimeira Sul, para a qual foram convocados todos os países-membros do
Grupo dos 77, bem como a China. De volta de uma viagem à África do Sul em
setembro de 2001, faz uma escala em Brasília para conversar com então
presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso e almoçar com o presidente de
honra do PT, Luís Inácio Lula da Silva.
Ainda em 2001 tem sua biografia
publicada pela historiadora brasileira Caludia Furiati, com o título Fidel
Castro – Uma biografia consentida. Em 2002, recebe o ex-presidente Jimmy
Carter, o primeiro estadista americano a pisar em solo cubano em mais de 40
anos.
Respondendo a pressões
internas e externas para a democratização do país, Fidel convoca um referendo
em que a população, com 99% dos votos válidos, escolhe a permanência do sistema
socialista no país. Em 2003, a prisão de dissidentes e a execução de três
homens que seqüestraram um barco para sair da ilha provoca intensos debates
sobre a continuidade do regime cubano e da permanência de Castro no poder.
Em fevereiro de 2008, depois
de quase meio século no poder, um Fidel Castro envelhecido e doente anuncia seu
afastamento do poder. Em seu lugar, fica o irmão, Raúl Castro
que, por causa da saúde
debilitada de Fidel, já vinha governando a ilha nas ocasiões em que Fidel se
afastava. Em 2011 entrega para Raúl também o cargo de secretário-geral do
Partido Comunista Cubano. Apesar desse afastamento da política, Fidel continua
manifestando suas opiniões na coluna Reflexões, publicada regularmente no site
oficial Cubadebate. Em março de 2012 recebe o Papa Bento XVI durante visita
oficial do pontífice a Cuba.