Os anos seguintes, até o
início da década de 90, foram marcados por um grande avanço na infraestrutura
dos recursos de comunicação.
Por exemplo, em 1984 surgiu um
serviço chamado Prodigy para desbancar o CompuServe — feito alcançado uma
década depois. Contudo, o fato mais marcante desse período foi quando a America
Online (AOL), em 1985, passou a fornecer ferramentas para que as pessoas
criassem perfis virtuais nos quais podiam descrever a si mesmas e criar
comunidades para troca de informações e discussões sobre os mais variados
assuntos.
Anos mais tarde (mais
precisamente 1997), a empresa implementou um sistema de mensagens instantâneas,
o pioneiro entre os chats e a inspiração dos “menssengers” que utilizamos
agora. Seguir, compartilhar, curtir e muito mais.
Enfim, as redes sociais...
O ano de 1994 marca a quebra
de paradigmas e mostra ao mundo os primeiros traços das redes sociais com o
lançamento do GeoCities. O conceito desse serviço era fornecer recursos para
que as pessoas pudessem criar suas próprias páginas na web, sendo categorizadas
de acordo com a sua localização. Ele chegou a ter 38 milhões de usuários, foi
adquirido pela Yahoo! cinco anos depois e foi fechado em 2009.
Outros dois serviços foram
anunciados em 1995 — esses com características mais claras de um foco voltado
para a conectividade entre pessoas. O The Globe dava a liberdade para que seus
adeptos personalizassem as suas respectivas experiências online publicando
conteúdos pessoais e interagindo com pessoas que tivessem interesses em comum.
Por sua vez, o Classmates
visava disponibilizar mecanismos com os quais os seus usuários pudessem reunir
grupos de antigos colegas de escola e faculdade, viabilizando troca de novos
conhecimentos e o simples ato de marcar reencontros. Essa rede social
ultrapassou 50 milhões de cadastros e sobrevive até hoje, mas com um número
menor de participantes.
Acompanhando o “boom”
Por volta dos anos 2000, a
internet teve um aumento significativo de presença no trabalho e na casa das
pessoas. Com isso, as redes sociais alavancaram uma imensa massa de usuários e
a partir desse período uma infinidade de serviços foram surgindo.
Em 2002, nasceram o Fotolog e
o Friendster. Esse primeiro produto consistia em publicações baseadas em
fotografias acompanhadas de ideias, sentimentos ou o que mais viesse à cabeça
do internauta. Além disso, era possível seguir as publicações de conhecidos e
comentá-las. O Fotolog ainda existe, tem cerca de 32 milhões de perfis, já
veiculou mais de 600 milhões de fotos e está presente em mais de 200 países.
Por sua vez, o Friendster foi
o primeiro serviço a receber o status de “rede social”. Suas funções permitiam
que as amizades do mundo real fossem transportadas para o espaço virtual. Esse
meio de comunicação e socialização atingiu 3 milhões de adeptos em apenas três
meses — o que significava que 1 a cada 126 internautas da época possuía uma
conta nele.
Em seguida, ao longo de 2003,
foram lançados o LinkedIn (voltado para contatos profissionais) e o MySpace
(que foi considerado uma cópia do Friendster). Ambos ainda estão no ar e com um
uma excelente reputação. Atualmente, o LinkedIn conta com mais de 175 milhões
de registros (sendo 10 milhões deles brasileiros) e o MySpace marca 25 milhões
apenas nos EUA — embora esse número já tenha sido maior.
Anos vindouros
Eis que chegamos à época em
que as redes sociais caíram no gosto dos internautas e viraram máquinas de
dinheiro. 2004 pode ser considerado o ano das redes sociais, pois nesse período
foram criados o Flickr, o Orkut e o Facebook — algumas das redes sociais mais
populares, incluindo a maior de todas até hoje.
Similar ao Fotolog, o Flickr é
um site para quem adora fotografias, permitindo que as pessoas criem álbuns e
compartilhem seus acervos de imagens. Atualmente, aproximadamente 51 milhões de
pessoas usufruem de seus recursos.
O Orkut dispensa apresentação.
A rede social da Google foi durante anos a mais usada pelos internautas
brasileiros, até perder seu título para a criação de Mark Zuckerberg em
dezembro de 2011. O Google encerrou a rede em 30/09/2014.
Apesar de ter sido criado em
2004, dentro do campus da Universidade de Harvard, o Facebook só chegou à
grande massa de usuários no ano de 2006. De lá para cá, a rede social é
sinônimo de sucesso e crescimento (inclusive em terras tupiniquins), superando
a incrível marca de 908 milhões de pessoas cadastradas. Hoje, a marca está
avaliada em centenas de US$ bilhões.
Um dos grandes desejos de
Zuckerberg é comprar o Twitter, o microblog revelado em 2006 e que atualmente é
aquele que mais chega perto do Facebook em número de adeptos, tendo 500 milhões
de registros — embora a estimativa é de que “apenas” 140 milhões o utilizam com
frequência.
A mais recente rede social a
entrar nessa complicada disputa é o Google+, um dos mais novos serviços da
gigante de Mountain View. Lançado oficialmente em 2011, esse serviço tem por
volta de 400 milhões de inscritos (somente 25% deles estão ativos). Embora
ainda esteja muito longe de assustar o líder do segmento, a Google não tem
poupado investimentos e esforços para que o seu produto cresça. Contudo, por
enquanto, ele ainda não vingou e o volume de informações compartilhado pelo
Google+ ainda é relativamente baixo.
O que podemos esperar das
redes sociais
E quais seriam os próximos
passos das redes sociais? Relatórios recentes apontam que esse tipo de serviço
atrai mais de 1 bilhão de pessoas, o que representa cerca de um sétimo da
população total do planeta. Isso significa que os sites de relacionamento ainda
têm muito para crescer.
Além disso, alguns especialistas
em mídias sociais acreditam que o futuro dos serviços de comunicação e
interação está em produtos de código aberto, como a Diaspora. Essa rede social,
a qual você também pode ajudar a desenvolver, surgiu como uma alternativa mais
segura para o Facebook.
No início, apenas um grupo
seleto de pessoas teve acesso ao serviço de relacionamento, mas no final do ano
passado ele liberou um número bem maior de convites. Contudo, o site ainda não
decolou e, ao que parece, pode estar sendo substituído por um site de compartilhamento
de memes, o Makr.io.
Fonte: Digital Trends,
University of North Carolina at Pembroke, Onlineschools.org
Pesquisa / Montagem /
Edição: JF Hyppólito