Os Arquivos Secretos do
Vaticano estão guardados na sede do Papado, na Cidade do Vaticano, localizada
na Itália. Eles foram gerados aproximadamente no ano 1610, pelo então Pontífice
Paulo V, com a intenção de resguardar o legado de Jesus Cristo herdado por seus
seguidores. Eles resguardam toda a trajetória da Igreja Católica, cada decreto,
carta, publicação, processos como os da Inquisição, enfim, toda a documentação
eclesiástica.
Os representantes do
catolicismo afirmam zelar, assim, pelos ensinamentos de Jesus, para que eles
sejam transmitidos de geração para geração sem adulterações.
Assim, ao longo do tempo,
textos evangélicos, correspondências apostólicas e outros escritos foram
preservados, bem longe dos olhos do público, pela Igreja. Desta forma, a solução
foi criar um Arquivo que pudesse conter e guardar estes documentos.
Estes Arquivos constituem uma
rede de aposentos e prédios nos quais são resguardados estes tesouros do
Cristianismo, que em seu conteúdo narram toda a História da Igreja Católica.
Mas o termo ‘secreto’ encontra-se, atualmente, apenas na expressão que denomina
o conjunto destes textos, pois grande parte deles está hoje disponível para
estudiosos e pesquisadores, e também virtualmente no site
http://www.vatican.va, o endereço eletrônico do Vaticano.
Normalmente o clero torna
acessível um documento arquivado depois de 75 anos, desde que os pontífices
decidiram tornar este Arquivo parcialmente disponível. Tudo começou com o Papa
Leão XIII, em 1883, quando ele tomou a iniciativa de liberar os escritos
referentes a 1815 e seus predecessores para pesquisadores não ligados à Igreja.
O estudioso Ludwig von Pastor teve o privilégio de ser o pioneiro no estudo
destes documentos.
Em 1924 mais textos foram
disponibilizados, englobando o período que vai até o fim do apostolado do Papa
Gregório XVI, no dia 1 de junho de 1846. A partir de então mais documentos se
tornaram acessíveis – em 1966, referentes à permanência de Pio IX à frente da
Igreja, de 1846 a 1878; em 1978, textos sobre o pontificado de Leão XIII, de
1878 a 1903; em 1985, escritos de Pio X, que se manteve no Vaticano de 1903 a
1914, e de Bento XV, pontífice de 1914 a 1922.
O Papa João Paulo II, em 2002,
tomou a iniciativa de tornar acessível, a partir do ano de 2003, a documentação
pertencente ao Arquivo Histórico da Secretaria de Estado (Segunda Seção), que
contém os valiosos textos que narram as perigosas interações do Vaticano com a
Alemanha durante o Nazismo, quando o pontífice que ocupava o trono de São Pedro
era o Papa Pio XI, os quais despertaram intensa curiosidade no meio acadêmico.
Os Arquivos abrigam hoje 85
quilômetros de estantes, nas quais os documentos estão organizados em seis
grupos – Cúria, Delegações Papais, Singulares ou Familiares, Concílios, Ordens
Religiosas, Mosteiros e Confrarias e Outros. Este complexo está dividido em
dois recintos modernos destinados à pesquisa, com capacidade para receber a
visita de pelo menos 1500 estudiosos.
Há também um aposento que
abriga índices, uma biblioteca, uma sala de restauração e estudos mais
secretos, um laboratório de fotografias digitais e outro de informática, além
do espaço administrativo. No site, porém, o conteúdo não está ainda acessível
no idioma português.
Fontes
wikipedia.org
cancaonova.com
www.ead.pt/
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