Pré-história (dos primórdios
ao nascimento de Jesus Cristo)
A música nasceu com a
natureza, ao considerarmos que seus elementos formais, som e ritmo, fazem parte
do universo e, particularmente da estrutura humana. O homem descobriu os sons
que o cercavam no ambiente e aprendeu a distinguir os timbres característicos
da canção das ondas se quebrando na praia, da tempestade e das vozes dos vários
animais selvagens.
Música na antiguidade (do
nascimento de Cristo até 400 D.C.)
O mistério continuou a
envolver a música da antiguidade pela inexistência de uma notação musical
clara. No entanto, as antigas civilizações cultivavam a música como arte em si
mesma, embora ligada à religião e à política. Nas grandes civilizações antigas
- Egito, Grécia, Roma - a música tinha um papel fundamental em todas as
atividades do dia-a-dia.
Música medieval (400 - 1400)
O período é marcado pela
música modal praticada nas 'himnodias' e 'salmodias', no canto gregoriano, nos
'organuns polifônicos', nas composições polifônicas e música dos trovadores
e/ou troveiros.Principais compositores: Hildegarda de Bingen, Leonin, Pérotin,
Adam de la Halle, Philippe de VitryGuillaume de Machaut, John Dunstable,
Guilaume Dufay e Johannes Ockeghem.
Renascimento (1400 - 1600)
Nos séculos XV e XVI a música
vocal polifônica passa a conviver com a música instrumental nascente.
Destacam-se a polifonia franco-flamenga (França e região de Flandres parte da
Holanda e Bélgica atuais), a polifonia da escola romana e a música dos
madrigalistas italianos. Principais compositores: Alexnder Agricola, Josquim
des Prez, Thomas Tallis, Jacob Clemens non Papa, Giovanni Pieluigi da
Palestrina, Orlando de Lasso, William Byrd, Carlos Gesualdo e Claudio
Monteverdi.
Barroco (1600 - 1730)
Neste período predomina uma
música vocal instrumental voltada para o texto a ser cantado. É a época das
primeiras óperas, das grandes cantatas e oratórios e da fuga, definindo o
início da música tonal. A polifonia, com as vozes melódicas independentes do
coro, cede lugar à homofonia. Principais compositores: Claudio Monteverdi,
Jean-Baptiste Lully, Johann Pachelbel, Arcangelo Corelli, Henry Purcell,
Alessandro Scarlatti, François Couperin, Tomaso Albinoni, Antonio Vivaldi,
Georg Philipp Telemann, Jean Philippe Rameau, Johann Sebastian Bach, Domenico
Scarlatti, Georg Friedrich Handel, Giovanni Battista Sammartini, Giovanni
Battista Pergolesi.
Pré-Classicismo
Desde o início a ópera é a
música mais popular na Itália, fazendo a transição entre o barroco e o
classicismo. O seu principal compositor é Alessandro Scarlatti (1660-1725), pai
de Domênico Scarlatti (1685-1757), e a cidade de Nápoles foi o centro da
atividade operística.
Clássico ou Classicismo (1730
- 1810)
O passo definitivo para a
música tonal é dado com a sonata clássica. Nela os momentos de tensão e
relaxamento tornam-se a base da construção formal de obras para instrumento
solo e posteriormente para quartetos de cordas, trios e sinfonias. Haydn e
Mozart fazem da sonata a forma musical mais importante do final do século XVIII
e início do século XIX.
Principais compositores:
Giovanni Battista Sammartini, Carl Philipp Emanuel Bach, Johann Christian Bach,
Karl Ditters von Dittersdorf (1739 - 1799), Andrea Luchesi, Giovanni Paisiello,
Christoph Willibald von Gluck, Franz Joseph Haydn, Michael Haydn, Luigi
Boccherini, Carl Stamitz, Wolfgang Amadeus Mozart, Domenico Cimarosa, José
Maurício Nunes Garcia (Brasil), Beethoven, Carl Maria von Weber, Franz
Schubert, Antonio Salieri.
Pré-Romantismo (1790 - 1820)
Entre o fim do século XVIII e
o começo do século XIX, o rígido formalismo clássico estava em declínio, sem
que, no entanto, nenhum outro estilo se pusesse à vista.
Romantismo (1810 - 1880)
Sobre bases tonais sólidas, o
período romântico é o derradeiro momento da música tonal. As formas livres,
lieds, prelúdios, rapsódias, o sinfonismo, o virtuosismo instrumental e os
movimentos nacionais incorporam elementos alheios à tonalidade escrita do
classicismo e esta lentamente se desfaz. Principais compositores: Beethoven,
Franz Schubert, Robert Schumann, Felix Mendelssohn, Niccolò Paganini, Edvard
Hagerup Grieg, Fryderyk Franciszek Chopin, Stanislaw Moniuszko, Carl Maria von
Weber, Johannes Brahms, Hector Berlioz, Antonín Dvořák, Jan Sibelius, Bedřich
Smetana, Franz Liszt, Gustav Mahler, Anton Bruckner, Sergei Rachmaninoff,
Richard Wagner, Giuseppe Verdi, Giacomo Puccini, Gaetano Donizetti, Gabriel
Fauré, Richard Strauss, Camille Saint-Saëns, Pyotr Ilyich Tchaikovsky, Modest
Mussorgsky, Pietro Mascagni, Gioacchino Rossini
Impressionismo (1880 - 1920)
Esse movimento surge na
França, em meados do século XIX, como um novo modo de percepção do mundo, que
se reflete principalmente na música e nas artes plásticas. A arte do extremo
oriente de inspiração dos impressionistas se revela na valorização da
sonoridade dos instrumentos e dos jogos harmônicos.
Modernismo (1910 - 1940)
As catástrofes sociais que
abalaram o mundo na primeira metade do século XX mostraram o quanto era falso
continuar fazendo música em termos de passado.
Música contemporânea
Decorre diretamente do
serialismo de Webern, da música de Olivier Messiaen (1908-1992) e do italiano
Luigi Dallapicolla (1904-1975). Consiste em um sistema em que são acrescentadas
à série de alturas uma série de durações, uma série de intensidade e uma série
de timbres.
Música erudita no Brasil
A mais remota referência à
música no Brasil encontra-se na carta de Pero Vaz de Caminha, que relata ao rei
de Portugal a musicalidade dos nativos. Outras referências aparecem nas anotações
do padre Manoel da Nóbrega que chega ao Brasil com os primeiros jesuítas, a
partir de 1549, mencionando também as melodias gregorianas.
Fonte:
http://tinyurl.com/bouwfta