O que faz a gente chorar são
os gases que a cebola libera na hora em que alguém passa a faca no vegetal. Em
contato com a água dos olhos, eles reagem e formam um ácido que irrita o globo
ocular.
Aí, para se livrar do
incômodo, o organismo contra-ataca, produzindo um rio de lágrimas. Para evitar
o aguaceiro, vale cortar as cebolas ao lado de um ventilador, evitando que os
gases cheguem perto da visão, ou ainda molhá-las para que o ácido se forme
antes de chegar aos olhos.
Mas com uma mãozinha da
ciência, esse martírio pode acabar. Em outubro de 2002, cientistas japoneses
descobriram uma enzima na cebola que estaria envolvida na produção do tal gás
irritante. O desafio é produzir um vegetal geneticamente modificado, sem essa
enzima.
Refogando em lágrimas
Vegetal libera um gás que
irrita os olhos e gera o aguaceiro
1. Quando a gente corta a
cebola, algumas células do vegetal se rompem e deixam escapar uma série de
compostos. Um deles, formado principalmente por enxofre, é que dispara o rio de
lágrimas
2. Na atmosfera, esse composto
de enxofre vira gás e se espalha pelo ambiente. Quando entra em contato com a
água dos olhos, ele forma uma espécie de ácido sulfúrico (H2SO4), um gás que
irrita os olhos
3. Para se livrar do ácido
sulfúrico, o organismo reage. As glândulas lacrimais são estimuladas e produzem
lágrimas para lavar o globo ocular. No fim da choradeira, o olho está limpo de
novo.
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