Na década de 60, o Palmeiras
montou uma equipe que só não foi mais brilhante e hegemônica pelo “simples”
fato de ter de concorrer com o Santos de Pelé e o Botafogo de Garrincha.
Mesmo assim, o alviverde que
ganhou o apelido de Academia e faturou duas Taças Brasil (1960 e 1967), um
Rio-SP (1965), dois Robertões (1967 e 1969) e um Paulista (1966), tudo graças a
magia e talento de craques como Baldochi, Tupãzinho, Djalma Santos, Ademir
Pantera e dois jovens que teriam a incumbência de liderar a segunda versão da
Academia, na década de 70: Ademir da Guia e Dudu, que mais pareciam a mesma
pessoa tamanha sintonia que tinham.
Com a dupla em campo e novos
craques como Leão, Luís Pereira, Leivinha, Edu Bala e César Maluco, o Verdão
deu as cartas novamente no futebol paulista e brasileiro, dessa vez sem rivais
à altura, e ganhou um bicampeonato do recém-criado Campeonato Brasileiro, em
1972 e 1973, e dois Paulistas, em 1972 e 1974, com direito a manter o rival
Corinthians mais alguns anos na fila de títulos e “colocar para correr”
Rivellino na decisão do Paulista de 74.
CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1973
Em 1973, o Palmeiras não
conseguiu o bicampeonato estadual, que ficou com Santos e Portuguesa após a
célebre trapalhada do árbitro Armando Marques, que não contou direito o número
de cobranças de pênalti batidas pelas equipes na final do torneio (!).
Mas, se em São Paulo o Verdão
não conseguiu manter a hegemonia, no Brasil ela foi consolidada. Em mais um
campeonato inchado, com 40 equipes e várias fases de disputa, o Palmeiras
sobrou de novo. No primeiro turno, liderança verde com 18 vitórias, sete
empates e três derrotas em 28 jogos, com 34 gols marcados e 11 sofridos. Na
fase seguinte, nove jogos, cinco vitórias e quatro empates, com 15 gols
marcados e só um sofrido.