Fotos e fatos de todos os presidentes do Brasil




Marechal Deodoro da Fonseca (1889-91)

O primeiro presidente brasileiro foi um militar e não concluiu seu mandato. Líder do movimento de proclamação da república, ele assumiu em 1889 e, enfrentando dura oposição, renunciou dois anos depois, após uma tentativa frustrada de golpe de Estado.

Floriano Peixoto (1891-94)

Primeiro vice-presidente e segundo presidente do Brasil, ele deveria convocar novas eleições assim que assumisse o poder, mas não o fez e sofreu com rebeliões e protestos por causa disso, como a Revolta da Armada e a Revolta Federalista. Ficou conhecido como o Marechal de Ferro e Consolidador da República, pois fortaleceu a luta contra os monarquistas e implementou reformas que favoreceram a nova burguesia e as classes média e pobre.

Prudente de Morais (1894-98)

O fazendeiro paulista Prudente de Morais vence as eleições e assume em 1894. Nos 34 anos seguintes, o governo sai das mãos de militares e vai para os ricos plantadores de café de São Paulo e criadores de gado de Minas Gerais (a política do café com leite). Dois anos após sua posse, enfrenta a Guerra de Canudos.

Campos Sales (1898-1902)

O paulista Campos Salles criou a chamada política dos governadores para manter as oligarquias no poder - enquanto o presidente apoiava os candidatos oficiais nas eleições estaduais, os governadores deveriam apoiar o indicado do governo nas eleições presidenciais. para dar certo, o plano contava com a prática do coronelismo, em que coronéis controlavam o voto do eleitorado regional (ou currais eleitorais, como eram chamados).

Rodrigues Alves (1902-1906)

Herdeiro de grandes propriedades de terra e ex-dono de escravos, ele prossegue a política de valorizar o cultivo do café. Mas também é um modernizador: reurbaniza o Rio de Janeiro, então capital federal, e dá origem à Revolta da Vacina. Em 1918, é eleito novamente para o cargo, mas morre antes de tomar posse.

Afonso Pena (1906-09)

Mineiro, Afonso Pena colocou em prática as decisões do Convênio de Taubaté, criado no governo anterior e segundo o qual os governadores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais teriam de comprar todo o excedente de café estocado. Ele também incentivou a criação de ferrovias e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico. Morreu durante o mandato, em meio à crise política gerada pelas disputas à sua sucessão (ocorreu um cisma na aliança entre mineiros e paulistas, ou política do café com leite) e a presidência foi transferida ao vice-presidente Nilo Peçanha.



Nilo Peçanha (1909-1910)

Durante seu governo, Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) e inaugurou o ensino técnico no Brasil.

Hermes da Fonseca (1910-14)

Em seu mandato, ele tentou recuperar para os militares a influência de antes e, para isso, colocou em prática a chamada política das salvações: por meio de intervenções militares, derrubou oligarquias estaduais no Nordeste e colocou no poder grupos mais afinados com o presidente. Enfrentou grandes revoltas, como a da Chibata e de Juazeiro, e a Guerra do Contestado, na divisa do Paraná com Santa Catarina.

Venceslau Brás (1914-18)

Foi durante o seu governo que o Brasil tomou parte na Primeira Guerra Mundial. O mineiro governou num período em que o país passou por um intenso crescimento da atividade industrial, o que formou um contingente expressivo de operários nos grandes centros. Em 1917, os trabalhadores se organizaram em um movimento que começou na Mooca, em São Paulo, e se espalhou por todo o país, levando a uma greve nacional por aumento salarial, jornadas de oito horas e abolição do trabalho noturno para mulheres e menores de idade.

Delfim Moreira (1918-19)

Foi o paulista Rodrigues Alves quem venceu a eleição, mas morreu antes de assumir a presidência, vítima da Gripe Espanhola. O vice mineiro Delfim Moreira assumiu até que fossem convocadas novas eleições, em 1919. Seu curto mandato (que ficou conhecido como regência republicana) sofreu com vários problemas sociais e um grande número de greves gerais.

Epitácio Pessoa (1919-22)

A candidatura do paraibano foi apoiada por Minas Gerais e sua vitória representava uma primeira derrota da política do café com leite - apenas o gaúcho Hermes da Fonseca havia até então sido uma exceção a ela. Mesmo assim, ele ainda representava o interesse das oligarquias paulista e mineira.

Artur Bernardes (1922-26)

O mineiro Artur Bernardes, além de não ter conseguido obter apoio total dos paulistas e mineiros, também despertou oposição militar - principalmente da ala jovem do Exército, que estava descontente com as instituições fraudulentas do governo. Eles formaram, então, o Tenentismo, movimento armado para derrubar o governo. Em 1922, eles tomaram o forte de Copacabana, mas foram vencidos. O auge do movimento foi em 1924, quando a Coluna Prestes tentou tomar a cidade de São Paulo na chamada revolução paulista.


Washington Luís (1926-30)

Durante seu governo, o paulista enfrentou o endividamento externo e interno do país e, em 1929, os efeitos da crise econômica mundial. Durante seu mandato ocorreu também a falência do Convênio de Taubaté e o fortalecimento da classe média e dos movimentos operários e tenentistas. Para sua sucessão, rompeu com a política do café com leite e indicou outro paulista, Júlio Prestes. Ele vence a eleição, mas a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, impede que ele chegue ao poder.

Getúlio Vargas (1930-45 e 1951-54)

Derrotado na eleição de 1930, lidera a revolução militar que pôs fim à República Velha. Depois de quase dois anos no poder, Getúlio ainda não havia convocado novas eleições nem elaborado uma Constituição. São Paulo faz a Revolução Constitucionalista, mas o estado é derrotado. Em 1934, o país ganha uma Constituição e Vargas é eleito presidente pela Assembleia Constituinte. Em 1937, ele anuncia o Estado Novo e se torna o seu ditador. É afastado do poder por um golpe em 1945. Volta em 1954, mas não conclui o mandato. Mata-se com um tiro no peito.

Eurico Gaspar Dutra (1946-51)

Ex-ministro da Guerra de Vargas, Dutra vence as eleições e instala uma Assembleia Constituinte, que promulga a quinta Constituição brasileira. Mais democrática, ela estabelecia um mandato presidencial de cinco anos, liberdade de expressão e autonomia administrativa para estados e municípios. No plano econômico, adotou o liberalismo e lançou o Plano Salte, que previa investimento em saúde, alimentação, transporte e energia. Mas o projeto não deu certo por falta de recursos.

Café Filho (1954-1955)

Com o suicídio de Vargas, em 1954, Café Filho assumiu a Presidência até novembro de 1955, quando foi afastado por motivos de saúde. Em seu lugar, assume o presidente da Câmara, Carlos Luz, que foi deposto por tentar impedir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek.

Juscelino Kubitschek (1956-61)



O presidente bossa nova até hoje é um dos mais populares da história. Construiu Brasília e promoveu a industrialização do país com o famoso slogan 50 anos em 5.

Jânio Quadros (1961)

Com carisma e discurso populista, teve como símbolo de sua campanha uma vassoura, para varrer a corrupção, segundo suas palavras. Ao assumir, aplicou a austeridade na economia e congelou os salários. Manteve uma política externa independente daquela ditada pelos EUA, em defesa da soberania nacional, e se manteve neutro em relação à Revolução Cubana, o que provocou críticas vindas dos setores conservadores. Vieram denúncias de que ele apoiava o comunismo, o que causou sua renúncia em 1961. Sua esperança era a de que o povo e seus ministros militares pediriam sua volta, mas nada aconteceu.


João Goulart (1961-64)

Impedido de assumir o cargo após a renúncia de Jânio Quadros (numa espécie de golpe branco que alçou Tancredo Neves ao cargo de primeiro-ministro), só adquire plenos poderes após um pebliscito em 1963. É derrubado por um golpe militar, em março de 1964.



Castelo Branco (1964-67)

Dissolve os partidos políticos, estabelece eleições indiretas, cassa mandatos de deputados e senadores. Suspende os direitos políticos de centenas de cidadãos e institui o bipartidarismo entre a Arena e o MDB, criando terreno para a repressão para os próximos presidentes da ditadura.


Costa e Silva (1967-69)

No mandato desse ex-ministro do Exército, a oposição se acentuou e as manifestações pelo fim do regime se multiplicaram. Ao mesmo tempo, os militares de linha dura o pressionavam para que tomasse medidas mais repressivas. Em setembro, o governo fechou o Congresso, irritado com a oposição, e decretou o AI-5, iniciando a fase mais dura e repressiva do regime.


Emílio Garrastazu Médici (1969-74)

Afastado por problemas de saúde, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar por dois meses. Depois desse período, o Congresso foi reaberto para que os parlamentares pudessem oficializar a escolha do novo presidente, que ficou sendo Médici. Seu mandato ficou conhecido como os anos de chumbo, marcado pela tortura e desaparecimento de opositores. Nesse período, entre 1969 e 73, aconteceu o chamado milagre econômico, em que o Brasil cresceu 1,1% ao ano. Mas a dívida externa passou de 3,5 bilhões para 17 bilhões de dólares.


Ernesto Geisel (1974-79)

Enfrentou dificuldades econômicas e políticas: o milagre econômico havia acabado e a oposição ficava mais forte. Assim, o governo decidiu iniciar um processo de abertura política lenta, gradual e segura. Em 1978, Geisel acabou com o AI-5.


João Figueiredo (1979-85)

Depois de 15 anos de torturas, censura e eleições indiretas, Figueiredo sanciona a lei da Anistia e restaura o pluripartidarismo. Seu governo é marcado pelo crescimento da inflação e da dívida externa.


José Sarney (1985-90)

Em 1985, Tancredo Neves foi eleito o presidente, mas teve que ser internado na véspera da posse com problemas no aparelho digestivo. Com a sua morte, José Sarney se tornou o primeiro presidente civil após 21 anos de regime militar e revogou a legislação autoritária, restabelecendo a eleição direta para a Presidência. Uma nova Constituição foi promulgada em 1988. Para tentar conter a inflação, Sarney lançou o Plano Cruzado em 1986, congelando preços e salários. Mas, ao fim de seu mandato, ela ainda passava dos 80% ao mês.


Fernando Collor (1990-92)

Eleito nas primeiras votações diretas desde a ditadura, Collor é também o primeiro presidente a sofrer processo de impeachment. Renuncia acusado de corrupção. Na economia, promoveu um drástico bloqueio dos saldos das contas bancárias e abriu o país para importações.


Itamar Franco (1992-95)

Em 1994, com Fernando Henrique no Ministério da Fazenda, ele anunciou o Plano Real, novo plano econômico que visava conter a inflação e instituía uma nova moeda: o real, com valor cambial fixado em estreita paridade com o dólar. Funcionou e isso abriu caminho para a eleição de FHC.


Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)

Como ministro do presidente Itamar Franco, o sociólogo FHC ganha popularidade ao conseguir conter a inflação, que assustava o país desde o fim da ditadura. Consegue mudar a lei do pleito brasileiro e reelege-se. Sua aceitação, porém, despenca no segundo mandato, marcado pela fraqueza da economia.


Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011)

Depois de perder a primeira eleição da democracia para Collor e outras duas para Fernando Henrique, Lula chega ao poder com uma votação recorde de 50 milhões de votos.


Dilma Rousseff (2011-2016)

Primeira mulher a ocupar a Presidência na história do país, Dilma assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia durante o governo Lula e, posteriormente, a da Casa Civil. Tomou posse no dia 1º de janeiro de 2011, eleita em 2014 para mais um governo até dezembro de 2018, mas em 2016 sofreu impeachment e assumiu o vice presidente:

Michel Miguel Elias Temer Lulia (2016- ...)

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