Jornal Nacional é um telejornal brasileiro, produzido e exibido pela Rede Globo desde sua estreia, em 1 de setembro de 1969 sob o comando de Hilton Gomes e Cid Moreira. Exibido no horário noturno, de segunda-feira a sábado, é um dos telejornais mais assistidos e reconhecidos do país, tendo, ao longo de sua existência, acumulado diversos prêmios.
Hoje, é apresentado, por
William Bonner (também editor-chefe) e Renata Vasconcelos, sendo eles
substituídos por outros jornalistas da Rede Globo durante finais de semana,
feriados ou férias.
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Hilton Gomes e Cid Moreira |
O telejornal entrou no ar no
dia de 1º de setembro de 1969 com a apresentação de Hilton Gomes e Cid Moreira.
O JN foi o primeiro programa
gerado no Rio de Janeiro em rede nacional, através da Embratel. O nome deriva
de seu primeiro patrocinador, o Banco Nacional. Os apresentadores eram Hilton
Gomes e Cid Moreira, abriram a primeira edição do JN anunciando: "O Jornal
Nacional, da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo,
inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o país". Cid Moreira
encerrou: "É o Brasil ao vivo aí na sua casa. Boa noite".
Na época, o telejornal era
único programa da recém-criada TV Globo exibido em via satélite entre 19h45 até
20h15, pois a Globo no Rio de Janeiro exibia normalmente a programação, com
novelas e séries e havia poucas afiliadas (que exibiam a programações gravadas
por até uma semana de atraso em relação da rede), que só exibia o telejornal ao
vivo.
O JN se tornou, em alguns
anos, o mais importante e famoso noticiário brasileiro, alcançando altos
índices de audiência. Durante a década de 1970, por interesse próprio, o
telejornal deu ênfase à cobertura internacional e aos esportes.
Cid e Chapellin |
Em 1977, Glória Maria se torna
a primeira repórter do Brasil a entrar no ar ao vivo. Na ocasião, foram
inaugurados equipamentos portáteis para geração de imagens.
Em 1978, o filme 16 mm começa
a ser substituído com a instalação da ENG (Eletronic News Gathering), que
permite a edição eletrônica de videoteipe, e a edição em VT aumentou a velocidade
do telejornalismo.
Em 1983, houve novas mudanças:
o Jornal Nacional ganhou a sua primeira vinheta eletrônica. A dupla de
apresentadores também mudou: no lugar de Sérgio Chapellin, que apresentava o JN
com Cid Moreira, deu lugar a Celso Freitas, que já apresentava eventualmente o
Jornal. Cid e Celso ficaram juntos no JN até 1989.
Cid Moreira e Celso Freitas |
Na década de 1990, a qualidade
do telejornalismo praticado pela emissora apresentou grande melhora. O Jornal
Nacional passou a apresentar grandes furos de reportagem, como a violência
policial na Favela Naval em Diadema, a entrevista com Paulo César Farias, no
período em que se encontrava foragido, a apuração de casos de fraudes na
previdência social com a prisão de Jorgina de Freitas, o escândalo dos
precatórios entre outros, consolidando a audiência e a confiança do público do
telejornal. Em 1991, pela primeira vez uma
guerra foi transmitida ao vivo, a Guerra do Golfo.
William e Fátima |
Em 1994, pela primeira vez,
uma cobertura de Copa do Mundo é ancorada ao vivo do país-sede, os Estados
Unidos. Também em 1994, o Jornal Nacional completa 25 anos.
No dia 15/03/1994, por determinação
da justiça, a Globo foi obrigada através do Jornal Nacional, a ler um direito
de resposta ao então governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola a acusações
feitas pelo próprio Jornal da Globo.
Em 1996, Cid Moreira (que apresentava o telejornal desde sua estreia) e Sérgio Chapelin passam a bancada para William Bonner e Lillian Witte Fibe, e, em 1998, Fátima Bernardes substitui Lilian Witte Fibe e forma a dupla que esteve no ar até 2011, com William Bonner.
Em 2000, o JN muda o cenário
de estúdio e começa a ser apresentado de dentro da própria redação, o que dá a
sensação de interação.
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Fátima Bernardes |
Em 2001, O JN foi indicado ao
Emmy devido à cobertura dos atentados de 11 de setembro; o programa conquista o
Prêmio Esso de Jornalismo, na estréia da categoria telejornalismo, com o
trabalho "Feira de Drogas"; e neste ano também estreou o site do
Jornal Nacional. Nas Eleições 2002, o JN inovou realizando entrevistas ao vivo
no próprio cenário, com quatro candidatos à Presidência.
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Patrícia Poeta |
Em 2006, num link direto com a
Estação Espacial Internacional, William Bonner entrevistou o astronauta Marcos
Pontes, primeiro brasileiro a viajar no espaço. No mesmo ano, Pedro Bial
apresentou a Caravana JN, que, durante dois meses fez reportagens sobre as
eleições por todo o Brasil. A cada duas semanas, o JN foi apresentado, ao vivo,
por William Bonner e Fátima Bernardes, de uma cidade representativa de sua
região.
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Lillian Witte Fibe |
Em 2008, a cobertura do
sequestro de Eloá Pimentel pelo ex-namorado fez o JN ser indicado pela quinta
vez em sete anos ao Emmy Internacional, o Oscar da televisão mundial. Neste ano
o JN cobriu também a eleição de Barack Obama,as enchentes em Santa Catarina ao
vivo e a Crise Financeira Mundial.

Em dia 3 de junho de 2011, o
JN entrevistou com exclusividade o então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio
Palocci, 18 dias depois de político ser acusado de que teria ampliado seu
patrimônio em 20 vezes entre 2006 e 2010, prestando serviços de consultoria.
Sob uma forte pressão política e da população brasileira, o ministro aceitou
falar somente com Jornal Nacional, concedendo a entrevista em seu gabinete, no
Palácio do Planalto, ao repórter Júlio Mosquéra.

A entrevista foi exibida com vários minutos de duração , o que fez o editor-chefe e apresentador do jornal, William Bonner, encurtar vários blocos grandes do
JN daquele dia, para que, no
mínimo, a metade da entrevista fosse levada ao ar, pois a entrevista na íntegra
durou horas. A entrevista foi divida em duas partes, ocupando dois blocos do
telejornal daquela sexta-feira. Sendo a primeira manifestação pública de
Antonio Palocci desde que uma reportagem do jornal impresso Folha de S.Paulo
informou que o político teve o patrimônio pessoal aumentado em 20 vezes entre
2006 e 2010. No período, o atual ministro exerceu mandato de deputado federal e
coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.
Em 6 de agosto de 2011, o
apresentador títular do JN, William Bonner e a então títular Fátima Bernardes,
leram, no último bloco do Jornal Nacional deste dia, um resumo de um documento
com princípios editoriais das Organizações Globo. O texto descreve as normas e
condutas que os veículos do grupo devem seguir para que seja cumprido o
compromisso de oferecer jornalismo de qualidade. Uma carta do presidente das
Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, e dos vices João Roberto Marinho e
José Roberto Marinho apresenta o documento. A íntegra do texto "Princípios
editoriais das Organizações Globo" pode ser acessada a partir dos menus de
todos os sites jornalísticos do grupo.
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Março 2017 - Renata Vasconcelos e William Bonner |
Em 1º de dezembro de 2011, a
Rede Globo anunciou em uma coletiva de imprensa mudanças importantes na
apresentação do Jornal Nacional. Após quase 14 anos, Fátima Bernardes deixará a
bancada do telejornal para apresentar um novo programa que entrará na grade da
Rede Globo em 2012. Quem entra no JN para dividir a apresentação com William
Bonner e Patrícia Poeta que estava à cinco anos no Fantástico. Quem substitui
Patrícia no Show da Vida é a jornalista Renata Ceribelli. No dia 5 de dezembro
de 2011, houve uma edição especial do Jornal Nacional quando Fátima entregou o
bastão á Patrícia. Patrícia assumiu todas as funções de Fátima no JN: além de
apresentadora, é editora-executiva do telejornal.
No dia 18 de março de 2013, um
problema técnico fez o JN ficar sem apresentar ao público as manchetes do dia,
exibido na abertura do jornal. Durante o erro, além da tela ter ficado escura,
foi feito o efeito "fast forward" (que acelera a imagem), distorcendo
a voz da apresentadora Patrícia Poeta.Sem a apresentação do que seria noticiado
naquela edição, entraram William Bonner e Patrícia Poeta, ao vivo.
O apresentador disse em
improviso; "A abertura do 'Jornal Nacional' foi totalmente prejudicada por
um problema técnico, mas vamos começar assim mesmo o 'Jornal Nacional' sem as
manchetes do dia".
Emmy International
Em 26 de setembro de 2011, o
telejornal ganhou o prêmio na categoria "notícia" devido à cobertura
da expulsão dos traficantes e a ocupação policial do Complexo do Alemão, no Rio
de Janeiro, em novembro de 2010. Foi a sétima vez em nove anos que o telejornal
chega à final do Oscar da televisão mundial, sendo a primeira vitória.
::: Texto adaptado wikipédia -
Fotos livres web -
Montagem e atualização de texto JF Hyppólito
Neste texto não foram
mencionados alguns apresentadores que passaram pela apresentação do JN, como
titular ou eventualmente, foram eles:
Que eu lembro, No passado: Léo
Batista (No esporte da globo desde sempre), Eliakim Araújo, Carlos Nascimento,
Fernando Vanucci(Alô você!) Heraldo Pereira, Chico Pinheiro, Sandra Annenberg,
Evaristo Costa(futuro Willian Bonner do JN), Douglas Márcio, Ana Paula Arújo,
Alexandre Garcia, Renato Machado.