A Bússola sempre aponta para o Norte. Por que?

A bússola aponta para o Norte porque a Terra forma um gigantesco imã que exerce força de atração naquela direção.

Desde a antiguidade já se sabia que uma agulha imantada e suspensa por seu centro de gravidade aponta sempre na mesma direção, embora não se soubesse por quê.

É provável que os chineses tenham sido os primeiros a aproveitar esse conhecimento, por volta do ano 1100 da nossa era, para se orientar em suas viagens marítimas.

Cinco séculos se passaram até que, exatamente em 1600, o médico William Gilbert verificou que, ao aproximar uma agulha imantada de uma esfera magnética – um minério de ferro magnético -, a agulha se orientava de forma semelhante á que se observava na superfície da Terra.

A partir daí, Gilbert deduziu que a própria Terra funciona como um grande imã, cujo campo magnético se orienta na direção que conhecemos como Norte-Sul.

A Invenção que Mudou o Mundo


A bússola foi o primeiro instrumento a permitir que viajantes e exploradores no mar, em terra e - muitos séculos mais tarde - no ar determinassem sua direção de modo rápido e preciso, sob praticamente quaisquer condições climáticas, a qualquer hora do dia e da noite.














Isso permitiu que mercadorias fossem transportadas com eficiência e de modo confiável através dos mares, o que abriu o mundo para a exploração marítima. A partir de então, a Terra nunca mais poderia ser vista da mesma maneira.

Em poucas décadas, desde 1280, o mundo conheceu um crescimento extraordinário do comércio e, com ele, maior prosperidade para potências marítimas como Veneza, Portugal, Espanha, Holanda e Inglaterra. O final do século 13 bem poderia ser denominado como o do início de uma revolução comercial.

Entretanto, as origens da bússola estão envoltas em mistério. Séculos antes desse instrumento ser conhecido no Ocidente, ele já era utilizado por chineses, porém de maneira oracular, para ajudá-los a tomar decisões e fazer profecias.

Em "Bússola - A Invenção que Mudou o Mundo", o estudioso do tema Amir Aczel explora a série de eventos, muitos dos quais enigmáticos, que compõem essa curiosa história. Nesse sentido, percorre os tempos antigos, medievais e modernos, além de, geograficamente, atravessar o mundo, da China ao Mediterrâneo, da Escandinávia à Arábia, da África ao Novo Mundo.

A história da bússola é com certeza uma grande saga da engenhosidade humana. É uma história de invenção, inovação, oportunidade e - claro - mercantilismo. É um relato de como uma civilização fez uma invenção importante e de como uma outra, do lado oposto do mundo, a pôs em uso, promovendo o comércio e gerando riqueza.

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