A história dos Óculos


A palavra óculos, surgiu do termo ocularium,  da Antiguidade Clássica.  

Esse termo era utilizado para designar os orifícios feitos nas armaduras das cabeças dos soldados e que os permitia enxergar.

Liderados por Aristótelos, filósofos gregos, defendiam a idéia de que a percepção da imagem não tinha relação entre olho e cérebro. Acreditavam que a emoção residia no coração e, portanto, a visão tinha importância menor no aperfeiçoamento do ser humano. Os óculos hoje, são considerados acessórios de moda, mas, nem sempre foi assim, para chegar a este status atual, os óculos percorreram um longo caminho.

É possível encontrar algumas referência a existência dos óculos em algumas citações do filósofo chinês Confuncio, 500 anos AC.

Este é o primeiro modelo de óculos de que se tem notícia. Apesar da peça ter sido fabricada século XVIII, o modelo era usado na China desde 500 a.C.
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Com lentes planas, serviam apenas como acessório e segmentador social: era usado pela elite ou como sinal de que a pessoa tinha algum tipo de problema mental.

Os primeiros óculos não tinham grau nas lentes, então eles eram usados como adorno, ou forma de discriminação social, principalmente no caso de doentes mentais.

A partir do século I d.C é que apareceram as primeiras lentes corretivas, feitas com pedras semi-preciosas como o cristal de rocha, que eram cortados em finas camadas que se transformavam em lentes de aumento para perto. Isto só foi possível graças ao matemático árabe Alhazen, que, perto do ano 1000 d.C., formulou uma teoria sobre a incidência da luz sobre espelhos esféricos e sua ação no olho humano. Os monges que trabalhavam nas grandes bibliotecas da Europa, foram grandes beneficiados com este novo artefato. Em 1270, na Alemanha, foi criado o primeiro par de lentes com aros de ferro, unidos por rebites. Era semelhante a um compasso, e não possuía hastes.

Neste mesmo século, em Florença, foi criado um outro modelo que fez grande sucesso, concedendo aos italianos a fama ligada aos óculos. Somente dois ou três séculos depois, após muitas pesquisas, foi possível o desenvolvimento de óculos mais seguros e confortáveis. Os modelos mais usados no século 15 eram o Pince-nez, que não tinha hastes e era ajustado apenas no nariz, e o Lornhons, que tinham haste lateral, mas não eram ainda apoiadas nas orelhas.

Somente no século 17 surgiram as hastes fixas para serem apoiadas nas orelhas.
O design dos óculos, foram ampliados com o uso do plástico e seus derivados, para a fabricação de armações, assim como o avanço da tecnologia na produção de lentes cada vez mais precisas, finas e leves.
No Brasil, os óculos surgiram na primeira metade do século XVI, com o processo de colonização portuguesa. Os religiosos, principalmente jesuítas, funcionários da Coroa portuguesa, colonos abastados e homens de letras”, conta Neto.

Podemos dizer, que os óculos são artefatos com grande valor para a qualidade de vida dos seres humanos. Possibilita o alcance da visão, o enxergar a vida. Imaginar a vida das pessoas sem a existência dos óculos é um exercício que pode nós mostrar o impacto que isto causaria na vida de tantos ao nosso redor.

Assim, os óculos já fazem parte da vida de milhões de pessoas em todo mundo já há muito tempo e provavelmente continuarão presentes, sendo os companheiros dos olhos, para que eles possam exercer com maior precisão a sua função de trazer formas, movimentos e cores à vida das pessoas.

Museu dos Óculos Gioconda Giannini – São Paulo

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