John Lennon nasceu em Outubro
de 1940, na cidade de Liverpool, Inglaterra. Alcançou a fama mundial na banda
de maior sucesso de todos os tempos, os Beatles, e junto com Paul McCartney,
formou talvez o que seria a melhor dupla de compositores da história.
Com o fim dos Beatles em 1970,
Lennon seguiu sua meteórica carreira solo nos anos 70, onde tornou-se o
ativista anti-guerra mais perigoso dos Estados Unidos.
Lennon lançou sucessos como
Imagine, Give Peace a Chance, Happy Xmas (War is Over), Mind Games e muitas
outras, uma grande maioria fazendo um apelo pela paz, na Guerra do Vietnã, que
teve seu fim em 1975.
Na noite de 8 de dezembro de
1980, quando voltava para o apartamento onde morava em Nova Iorque, no edifício
Dakota, em frente ao Central Park, John foi abordado por um rapaz que durante o
dia havia lhe pedido um autógrafo em um LP Double Fantasy em frente ao Dakota.
O rapaz, chamado Mark David Chapman, um fã dos Beatles e de John, disparou 5
tiros com revólver calibre 38, os quais 4 acertaram em John Lennon.
A polícia chegou minutos
depois e levou John na própria viatura para o hospital. O assassino permaneceu
no local com um livro nas mãos, "O Apanhador no Campo de Centeio" de
J.D. Salinger. John morreu após perder cerca de 80% de seu sangue, aos quarenta
anos de idade. Logo após a notícia da morte de John Lennon, que correu o mundo,
uma multidão se juntou em frente ao Dakota, com velas e cantando canções de
John e dos Beatles. O corpo de John foi cremado no Cemitério de Ferncliff, em
Hartsdale, cidade do estado de Nova Iorque, e suas cinzas foram guardadas por
Yoko Ono.
A conspiração
Tudo começou em 1971, quando
Lennon realizou o concerto Free John Now Rally, pela libertação do poeta e
ativista político americano John Sinclair, preso por porte de maconha. Até
1976, a vida do roqueiro foi investigada por espiões e grampos telefônicos,
virando um dossiê de 300 páginas. O FBI e a CIA julgavam Lennon um radical
muito perigoso, porque o astro sabia se comunicar com milhões de jovens,
através de suas músicas e apresentações.
Qualquer ideia subversiva
seria facilmente aceita pela juventude norte-americana. O governo precisava
detê-lo de qualquer forma, pois estava em jogo a segurança da nação. Segundo
Bresler, a solução encontrada foi a mesma já destinada a Martin Luther King e
outros líderes populares do país: o extermínio.
Entretanto, no ano de 1976, os
republicanos perderam as eleições presidenciais para os democratas. O novo
presidente, Jimmy Carter, "protegeu" Lennon da polícia federal e do
serviço secreto e deram a John o green card. Lennon decidiu fazer um retiro
profissional, sob a alegação de acompanhar o crescimento de Sean, seu segundo
filho, o primeiro com Yoko Ono. Foram anos de paz, nos quais ele e a família
puderam viver em segurança nos Estados Unidos. Esses anos de paz foram seus
últimos de vida. Nas novas eleições no começo da nova década, os republicanos
venceram a guerra e retornaram ao poder. Nessa mesma época, Lennon lançava o
álbum Double Fantasy, que estourou nas paradas de sucesso. Então, o
recém-eleito presidente resolveu iniciar seu mandato sem o temido ativista.
William Casey, administrador da campanha vitoriosa de Ronald Reagan, nos anos
seguintes se tornaria um dos mais poderosos chefes da CIA. Ele tinha carta
branca para assassinar John Lennon antes do final de 1980.
O assassino
Mark Chapman, já estava sendo
preparado pelo programa de controle mental do serviço secreto americano. Ele
viajaria do Havaí para Nova York, procuraria a vítima e mataria Lennon a sangue
frio, à frente de testemunhas (Yoko Ono e o porteiro do Dakota) que,
posteriormente, o identificariam como o criminoso. Não há dúvidas que Chapman
disparou os 5 tiros mirando a morte de John. Mas a contradição afirma que não
foi ele quem projetou o assassinato.
Chapman foi condenado pela
Justiça estadunidense alegando que ele buscava seus 15 minutos de fama, e
obviamente, conseguiu, não só 15 minutos, mas muitos anos. Entretanto, o
detetive Arthur O’Connor, a primeira pessoa a conversar reservadamente com o
assassino, afirmou que a acusação não fazia sentido, pois Chapman sempre evitou
a imprensa.
Por que alguém em busca da
fama se negaria a dar entrevistas? Vários meses após o acontecido, Chapman
afirmou que matara Lennon para promover a leitura do livro O Apanhador no Campo
de Centeio, já mencionado acima. Antes de ser preso, nunca tinha comentado com
amigos sobre a obra do escritor americano. Na prisão, Chapman declarou à BBC:
“Ele (Lennon) passou por mim e então ouvi na minha cabeça, ‘faça, faça, faça’.
Não me lembro de mirar. Apenas
puxei o gatilho com força, cinco vezes”. Que vozes eram essas? Chapman não
tinha passado de maluco. Pelo contrário, ele tinha uma vida social normal e era
um excelente monitor em acampamentos de meninos. Será que alguém estaria
controlando a mente de Mark Chapman? David Shayler, ex-agente do MI5, afirmou
que os governos britânico e americano trocaram informações sobre a suposta
doação de 75 mil libras do músico ao IRA, grupo de terrorismo irlandês.
Sob suspeita de apoiar e
patrocinar os terroristas irlandeses, Lennon precisava ser eliminado. Yoko Ono,
negou a ligação do marido com o IRA e lembrou que ele defendia os direitos
civis e de paz. Entretanto, os arquivos existem e estavam classificados pelo
FBI como de “segurança nacional”. Isso prova que o garoto de Liverpool era
investigado de perto pelas inteligências americana e britânica no início dos
anos 70.
Matéria vista no site: www.misteriosdomundo.com