Até hoje não se sabe como nem
quando surgiu o primeiro modelo do acessório que, há séculos, auxilia a
mulherada na implacável luta contra a gravidade. Existem registros de versões
primitivas que remontam a mais de 2 mil anos, como mosaicos romanos mostrando
mulheres com faixas de pano sobre os seios. Oficialmente, porém, a versão
moderna do sutiã surgiu em 1914, quando foi patenteado por uma socialite
norte-americana. Acompanhe a valorosa história desse amigão do peito feminino.
TUDO EM CIMA
A saga feminina em busca do
suporte perfeito.
O INÍCIO DA LUTA
Quando: 2500 a.C. Embora seja difícil
precisar, acredita-se que o primeiro grito de guerra das mulheres contra a Lei
da Gravidade tenha acontecido na ilha grega de Creta, berço da civilização
minoica. A mulherada usava um corpete rústico feito de tiras de pano sobre os
seios para deixá-los mais bonitos.
SAFADEZA ANTIGA
Quando: 1500 a.C. O uso da
peça para sedução ganhou mais força na civilização grega. As mulheres de Atenas
usavam vários tipos de corpete destinados a valorizar seu colo. Já entre as
esportistas saradas de Esparta, o acessório servia para manter o busto sob
controle durante treinos e competições.
TEMPOS CAÍDOS
Quando: 800 a.C. Os romanos
valorizavam mais a forma corporal dos guerreiros do que a delicadeza do corpo
feminino. E quem sofreu com isso foram os mamilos. As mulheres usavam faixas
apertadas para reduzir o volume dos seios, com exceção das noites de orgia,
quando os corpetes gregos voltavam com tudo.
TORTURA MEDIEVAL
Quando: 900 Na Idade Média,
surgiram os apertadíssimos espartilhos. Eles reinaram soberanos, em vários
modelos, até o século 19. Se mantinha a silhueta esbelta, o asfixiante
acessório também causou a morte de várias mulheres, que tiveram costelas
quebradas e órgãos perfurados pelo uso da peça.
UUUFA!
Quando: 1900 É difícil
determinar quando, para o alívio feminino, os sutiãs menos complicados (e
apertados) voltaram. Mas, no início do século 20, os modelos já começaram a se
aproximar daquele que conhecemos hoje. A novidade teria sido introduzida pelas
inglesas, sendo logo adotada e difundida pelas francesas.
ESTÁ NA MODA
Quando: 1907 Foram as
americanas que deram uma turbinada no sutiã com a publicação de uma matéria na
revista Vogue sobre a nova peça, chamada pela revista de brassière, termo
francês que remete a uma camisa pequena – na França, ela é chamada de soutien
gorge, que significa “apoio para os seios”.
ESPERTEZA AMERICANA
Quando: 1915 Embora o sutiã já
fosse usado havia milênios, o título de inventora do acessório ficou com uma
americana. Após causar frisson desfilando com um modelito feito de lenços de
seda pelos salões da alta-roda de Nova York, em 1914, a socialite Mary Phelps
Jacob acabou patenteando a peça no ano seguinte.
ESTICA E PUXA
Quando: 1937 Mesmo já
difundido no mundo da moda, a popularização do sutiã só veio mesmo com a
invenção de um material mais elástico e resistente: o náilon. O novo tecido,
patenteado pela empresa norte-americana Dupont, permitiu maior durabilidade, um
ajuste mais confortável e uma queda no preço do produto.
DESIGN SUPERSÔNICO
Quando: 1945 O bilionário
norte-americano Howard Hughes usou suas habilidades de engenheiro de aviação
para desenhar o famoso sutiã meia taça para a atriz Jane Russel. Segundo ele,
os modelos da época não faziam jus ao busto da beldade. Seu desenho levou à
criação de peças em formatos mais ousados.
FOGUEIRA DA VAIDADE
Quando: 1968 Ficou famoso, no
fim dos anos 60, o episódio em que mulheres teriam queimado sutiãs em protesto
contra o concurso Miss América e o machismo que ele representava. Elas até
tentaram incendiar sapatos, revistas, maquiagem e sutiãs num latão, mas foram
impedidas por seguranças.
Fonte: revista mundo estranho
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